Moradores do Areeiro alertam para aumento da toxicodependência e mendicidade na freguesia

Moradores vizinhos do Pavilhão do Casal Vistoso, onde a câmara montou um centro de acolhimento para os sem-abrigo, queixam-se do aumento da mendicidade e de consumos junto aos prédios e pedem mais policiamento. Contudo, não é claro que o cenário de insegurança descrito pelos moradores seja instigado pelas pessoas acolhidas no centro. Município atira saída para o primeiro trimestre de 2021 e diz ter um espaço em obra, noutra zona da cidade, para onde esta população será transferida.

Foto
Pavilhão abriu a 17 de Março para receber pessoas em situação de-abrigo Nuno Ferreira Santos

Eugénia Lopes diz estar “pelos cabelos” e ameaça não pagar o valor “elevado do IMI” do apartamento que tem junto ao Pavilhão Municipal do Casal Vistoso, no Areeiro. Numa zona outrora calma, o sossego, diz, terminou há oito meses, quando a Câmara de Lisboa transformou o pavilhão desportivo em centro de acolhimento para a população sem-abrigo devido à pandemia de covid-19. “Eu sou a favor da causa, de tirar os sem-abrigo da rua, mas isto tem sido um pandemónio. Não se consegue viver aqui. São drogados em cima de drogados, mal-estar, roubos e assaltos. Aqui é gente a dormir por todo o lado”, diz Eugénia Lopes, que mora num dos prédios junto ao equipamento desportivo. Contudo, o cenário de insegurança descrito pelos moradores pode ter origem em vários factores e não é claro que seja instigado pelas pessoas acolhidas no centro. 

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção