Sporting, um líder que quer continuar a ser líder

“Leões” defendem primeiro lugar no campeonato em Guimarães, frente a um Vitória que tem a melhor defesa do campeonato.

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Rúben Amorim LUSA/RUI MINDERICO

Retrato das seis primeiras jornadas do Sporting na última década: um 12.º lugar, dois nonos, um sétimo, um sexto, um quarto e quatro segundos (dois deles com os mesmos pontos do primeiro e um deles, em 2017-18, com o pleno de pontos, mas a perder na diferença de golos). Estar no topo é uma experiência rara para os “leões” nos últimos anos, mas é esse estatuto que defendem neste sábado (20h30 SPTV1) no D. Afonso Henriques frente a um Vitória de Guimarães que também está a ter um bom início de campeonato apesar da mudança inesperada de treinador após três jogos.

Só nessa época de 2017-18 é que os “leões” fizeram mais pontos (18) do que estão a fazer em 2020-21, mas as cinco vitórias e um empate nestas seis primeiras rondas são o suficiente para a liderança isolada (16 pontos, mais um que Benfica, mais quatro que Sp. Braga e mais seis que FC Porto) e para o “prémio” de única equipa ainda sem derrotas na I Liga. E há outro dado estatístico significativo, sobretudo para o técnico Rúben Amorim, que, com estas seis jornadas já cumpridas e as 11 da época passada, cumpriu uma volta (17 jogos) em que conquistou 37 pontos - mais três que Benfica e mais quatro que FC Porto.

Nada disto deslumbra o jovem técnico do Sporting, que olha para este bom início apenas como um bom sinal, nada mais. “O nosso processo não deixa de estar no início, e vai ter altos e baixos. Estamos bem classificados, mas está tudo no começo. A motivação é a de sempre. É bom estar na frente, mas vale o que vale. Os resultados ajudam, e sei que a equipa está preparada para os maus momentos, mas, se Deus quiser, isso só será na próxima época”, alertou Amorim.

O Vitória chega a esta sétima jornada com dez pontos (igual a FC Porto e Santa Clara) e a liderar as equipas da I Liga no capítulo defensivo. Ainda numa amostra curta, a formação vitoriana foi a que sofreu menos golos (três), mas tem contra si a fraca produção ofensiva, apenas quatro golos marcados - pior, apenas os três marcados pelo Belenenses SAD.

João Henriques, que assumiu a equipa após a saída por vontade própria de Tiago Mendes à terceira jornada, ainda não tem muito tempo de trabalho com a sua jovem equipa, mas acredita que o Vitória tem argumentos suficientes para derrotar o líder: “Temos de ser capazes de, em qualquer campo, ser uma equipa competitiva atrás dos 3 pontos. É uma premissa de que não abdico, seja o Sporting ou outro adversário.”

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