PÚBLICO: um jornal com sentido de serviço público

Decidimos, de novo, abrir todas as notícias relacionadas com a covid-19 e alargar a todos os leitores a possibilidade de as lerem gratuitamente.

Nos momentos mais solenes ou mais graves do país, os portugueses habituaram-se a procurar no PÚBLICO as respostas para as suas necessidades ou para as suas inquietações. Nestes dias em que a pandemia se alastrou numa espiral que nos coloca outra vez numa situação de emergência nacional, essa procura repetiu-se. Porque os cidadãos sabem que o nosso jornalismo, não estando imune ao erro, se baseia em critérios de objectividade, na recusa do sensacionalismo ou do alarmismo, e não prescinde do sentido de serviço público que tem de nortear a nossa missão. Como resposta a essa relação de confiança e a essa necessidade, decidimos, de novo, abrir todas as notícias relacionadas com a covid-19 e alargar a todos os leitores a possibilidade de as lerem gratuitamente.

Como em Março, estamos de novo mergulhados num quotidiano de incertezas e de angústia. Sabemos mais sobre o vírus e como nos defender do seu contágio ou dos seus efeitos, mas desconhecemos tudo o resto. Não somos capazes de prever até onde crescerá a curva das infecções, quando atingiremos o pico, como vai responder o Serviço Nacional de Saúde a uma procura crescente, quando teremos a vacina, como vão reagir o Governo, os partidos, os parceiros sociais ou a sociedade portuguesa como um todo a uma pressão que dificilmente seríamos capazes de prever há poucos meses. Mas, no meio de tantas incertezas, há uma certeza absoluta: quanto mais soubermos o que se está a passar, melhor saberemos julgar a situação e responder-lhe de forma eficaz. Decidir com base na ciência e na razão, não ceder ao alarmismo, perceber as causas ou insuficiências das decisões políticas são condições essenciais para enfrentarmos e superarmos o terrível desafio à nossa frente.

É por acreditarmos que a informação credível que produzimos todos os dias ganha neste momento uma particular relevância que a decidimos partilhar. É por constatarmos níveis de procura dos leitores que se aproximam do pico da primeira vaga que sabemos como essa informação é percebida como útil para a sociedade. Não nos sentiríamos confortáveis mantendo textos fechados quando sabemos que há tantos cidadãos a querer lê-los para encontrarem respostas a uma situação tão dramática como complexa. Não estaríamos à altura dos nossos valores nem do nosso sentido de serviço público mantendo procedimentos normais num tempo extraordinário.

Não podemos, no entanto, deixar de notar que esta decisão só é possível pela dedicação, pelo empenho e pela confiança dos nossos assinantes, dos leitores que compram a edição impressa e dos anunciantes. São eles que, apesar da severidade da crise que está a afectar a imprensa, nos permitem manter a qualidade do nosso jornalismo e a capacidade de ler a situação do país e do mundo pelos olhos da política, da sociedade, da economia ou da ciência. Também por isso, deixamos-lhe um apelo: torne-se assinante, apoie o PÚBLICO. Como aconteceu em Março, quando milhares de leitores se juntaram a nós, o seu apoio é fundamental para que o presente seja mais entendível e o futuro mais esperançoso.

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