Entre protestos pró-democracia, uma drag queen tailandesa marcha pelos direitos humanos

Chalinee Thirasupa|Reuters
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No meio de um grupo de estudantes com t-shirts pretas, Aunchalee Pokinwuttipob é a prova de que os manifestantes na Tailândia exigem muito mais do que uma mudança de governo

Com um guarda-chuva com todas as cores do arco-íris e a coroa dourada de uma dançarina de folclore tailandês (chada), a drag queen e vencedora de um reality show marcha pelos direitos das pessoas LGBTI ao mesmo tempo que, em conjunto com milhares de outros jovens, protesta por uma reforma profunda do sistema político.

Desde Julho que as manifestações de estudantes (e não só) pró-democracia regressaram às ruas da capital tailendesa. Saíram das universidades e escolas, mas alargaram-se às frustrações de pessoas de todas as classes sociais de um país governado por uma elite conservadora, mas conhecido pelas abertura das gerações mais jovens. 

Em muitos pontos, é a mesma batalha que Aunchalee travou em casa com o pai, um ferreiro em Ayutthaya, perto de Banguecoque, com quem raramente se encontra e com quem, enquanto mulher transgénero, não consegue conversar sobre género, identidade e o papel que tem nos protestos. 

Aunchalee desistiu da escola aos 15 anos e foi viver para a capital tailendesa para participar em espectáculos de cabaret. Mais conhecida pelo nome artístico, Angele Anang, começou a actuar em bares em 2018, em Patpong, uma zona de entretenimento muito turística em Banguecoque, que lhe abriu portas para participar no reality show Drag Race. Desde aí, a artista fez-se activista e participa nas manifestações que vê como uma oportunidade rara para remover obstáculos para as pessoas LGBT, explica à Reuters, em áreas como emprego, casamento, heranças ou adopção. 

“Eu quero igualdade e justiça”, diz, simplesmente. “Uma lei que possa ser aplicada de igual forma.”

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