União Europeia formaliza sanções contra Aleksander Lukashenko

O Presidente da Bielorrússia foi adicionado à lista porque “é responsável pela violenta repressão exercida pelo aparelho de Estado antes e depois das eleições presidenciais de 2020”.

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Lukashenko de visita a um centro de voto durante as presidenciais de Agosto Reuters/POOL

Uma lista revista das sanções impostas à Bielorrússia foi publicada esta sexta-feira no jornal oficial da União Europeia, e inclui o nome do Presidente Aleksander Lukashenko, cuja reeleição, a 9 de Agosto, para um sexto mandato consecutivo foi classificada como ilegítima e não foi reconhecida pelos líderes europeus.

O nome de Lukashenko foi adicionado à lista de indivíduos sujeitos a medidas restritivas porque “como Presidente da Bielorrússia com autoridade sobre todos os organismos estatais, é responsável pela violenta repressão exercida pelo aparelho de Estado antes e depois das eleições presidenciais de 2020, em particular a exclusão de candidatos de oposição, detenções arbitrárias e abusos sobre manifestantes pacíficos e intimidação e violência contra jornalistas”, justificou a UE, na decisão agora publicada.

Na cimeira extraordinária para discutir matérias de política externa, a 2 de Outubro, os 27 chefes de Estado e governo tinham concordado em avançar um novo pacote de sanções contra os responsáveis pelas ilegalidades e a repressão pós-eleitoral na Bielorrússia. As sanções visaram então 40 indivíduos responsabilizados pela condução da votação e a campanha de intimidação e violência contra manifestantes, mas não directamente o Presidente.

Além de Aleksander Lukashenko, o nome de outros 14 dirigentes da Bielorrússia (entre os quais o filho do Presidente e conselheiro de segurança nacional, Viktor Lukashenko) foi agora acrescentado à lista das sanções da UE. Neste momento, as medidas, que incluem o congelamento de bens e a proibição de entrada em território europeu, abrangem um total de 59 indivíduos ligados ao regime. 

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