João Galamba vai apresentar queixa-crime contra “denúncia caluniosa”

A revista Sábado indica que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, “são suspeitos de favorecimento do consórcio EDP/Galp/REN no milionário projecto do hidrogénio verde para Sines”.

Foto
João Galamba mostra “total disponibilidade para prestar os esclarecimentos necessários” Nuno Ferreira Santos

O secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, pretende “apresentar queixa-crime contra a denúncia caluniosa” e transmitir à Procuradoria-Geral da República (PGR) a sua “total disponibilidade para prestar os esclarecimentos necessários” sobre o processo noticiado nesta quinta-feira pela revista Sábado.

De acordo com a revista, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, estão a ser investigados num processo que averigua “indícios de tráfico de influências e de corrupção, entre outros crimes económico-financeiros”. A Sábado revela ainda que os governantes “são suspeitos de favorecimento do consórcio EDP/Galp/REN no milionário projecto do hidrogénio verde para Sines”.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Acção Climática destaca que a Estratégia para o Hidrogénio, aprovada no dia 30 de Julho, é pública e foi aberta uma manifestação de interesse. Foram apresentados 74 projectos, lista entretanto reduzida para 37, e “nenhum dos projectos apresentados” foi aprovado ou financiado.

O ministério acrescenta que “um consórcio constituído pela EDP, REN e GALP, Vestas e Martifer apresentou projecto no âmbito deste instrumento de consulta de mercado, o qual foi apreciado positivamente pelo júri, tendo passado à segunda fase”.

“Não havendo nenhuma aprovação, nenhum contrato, nenhum financiamento e, consequentemente, nenhum pagamento, é inexplicável o teor da denúncia hoje noticiada pela revista Sábado”, conclui a nota.

Ainda nesta quinta-feira, o ministro da Economia pediu para ser “formalmente ouvido” numa carta dirigida à procuradora-geral da República, caso se confirme que o seu nome é citado no inquérito.

Sugerir correcção