Festa não autorizada na sede do SEF resulta em quatro infectados com o novo coronavírus
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras indica que “não teve conhecimento prévio nem autorizou a realização de qualquer celebração ou evento” nas suas instalações. Foi aberto um processo de inquérito para averiguações.
Depois do surgimento de quatro casos de infecção pelo novo coronavírus em trabalhadores da sede, em Oeiras, a direcção nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) teve conhecimento que se realizou uma festa que terá reunido duas dezenas de funcionários.
A notícia foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada ao PÚBLICO nesta terça-feira. O SEF indica que “não teve conhecimento prévio nem autorizou a realização de qualquer celebração ou evento” nas suas instalações. Foi determinada a “abertura imediata de um processo de inquérito para averiguações” e de “apuramento das eventuais responsabilidades disciplinares”.
Além disso, o SEF garante que foram implementadas, “de imediato, as medidas previstas no plano de contingência” e todos os pisos do edifício da sede foram desinfectados. Num total de 1600 funcionários em todo o país, 24 tiveram resultado positivo no teste à covid-19, acrescenta ainda.
A direcção nacional do SEF destaca que, além de ter promovido “todas as regras vigentes em matéria de protecção, higienização de espaços e distanciamento físico” para conter a propagação da covid-19, implementou “medidas adicionais de controlo”, como “horários de trabalho desfasados e em regime de teletrabalho, bem como equipas em espelho”.
Máscaras, luvas, viseiras, produtos para desinfecção das mãos e outros equipamentos de protecção individual têm sido distribuídos de forma “frequente”, especialmente aos “trabalhadores afectos ao atendimento e ao controlo de fronteiras”. “Este material de protecção foi, ainda, reforçado com a distribuição de equipamento de descontaminação e barreiras de protecção em policarbonato, colocadas nos locais de atendimento ao público”, conclui a nota.