Tarde de Champions com João Félix infeliz e Luís Castro “atropelado”

O Shakhtar encaixou seis golos em casa, frente ao Monchengladbach, num jogo que já estava resolvido ao intervalo, e Luís Castro ficou perto de um recorde indesejado.

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Lodi e Ignatyev em duelo em Moscovo Reuters/YURI KOCHETKOV

Os primeiros jogos desta terça-feira de Liga dos Campeões trouxeram más notícias para dois dos portugueses em prova. Em Moscovo, frente ao Lokomotiv, João Félix viu o Atlético de Madrid ficar-se por um empate (1-1), um resultado que penaliza uma equipa espanhola amplamente dominadora e penaliza, sobretudo, o grande jogo do atacante português.

Também no Leste da Europa, mas na Ucrânia, houve um autêntico massacre a Luís Castro, com o treinador português a perder em casa, por 0-6, ficando perto de igualar a pior derrota caseira de uma equipa na Champions (0-7 num Zilina-Marselha, em 2010).

Muito Félix, pouco golo

Começando por Moscovo, a primeira parte mostrou um Atlético mais forte, sobretudo pela capacidade de trabalhar à entrada da área, em frente à defesa do Lokomotiv.

João Félix e Luis Suárez conseguiram permanentemente encontrar espaço entre linhas, sobretudo o português, que esteve em particular destaque.

Muito móvel, Félix baixou várias vezes para criar jogo e associar-se em combinações curtas que a armada de Moscovo nem sempre conseguiu parar. Mas não só de triangulações viveu o Atlético, já que o bom jogo associativo se materializou em jogadas de real perigo.

Félix falhou aos 10’, num cabeceamento torto em frente à baliza, Saúl rematou forte aos 16’ e Correa acertou na barra aos 30’, pouco antes de Félix isolar Suárez (havia fora-de-jogo).

Entre estes acontecimentos houve espaço para festejos. Aos 18’, o ex-FC Porto Herrera fez um bom cruzamento para a finalização de Gimenez, de cabeça. Cinco minutos depois, o médio mexicano estragou o que tinha feito e cometeu penálti, por mão na bola – oportunidade que Miranchuk não desperdiçou, nos 11 metros.

Na segunda parte nada mudou. O Atlético continuou a dominar, mais até do que na primeira parte, e circundou a área russa. E também João Félix continuou o recital que estava a dar.

Criou uma grande jogada aos 53’, para uma finalização infeliz de Suárez, antes de um duplo duelo com Guilherme: o guardião defendeu dois bons remates do português, um de cabeça e um de fora da área.

O golo parecia ser uma questão de tempo, mas o tempo não foi amigo do Atlético, que começou a sentir o desgaste e até alguma impaciência. Perdendo clarividência e capacidade de criar perigo, a formação de Simeone viu passarem os minutos e levou de Moscovo um empate que sabe a muito pouco.

No grupo A, o Atlético segue em segundo lugar, com quatro pontos, mais dois do que o Lokomotiv. Bayern (seis pontos) e Salzburgo (um ponto) ainda jogam nesta terça-feira.

Luís Castro atropelado em casa

No outro jogo da tarde houve um autêntico atropelo ao técnico português Luís Castro. Em casa, frente ao Borussia Monchengladbach, o Shakhtar já perdia aos 8’ (Plea), via o jogo desequilibrar-se aos 17’ (autogolo de Bondar), ficou com a partida perdida aos 26’ (Plea) e encaixou a goleada aos 44’ (Bensebaini).

0-4 ainda antes do intervalo e nada mais por que lutar num segundo tempo que ainda trouxe mais dois golos (de Stindl e Plea, que chegou ao hat-trick).

Um embaraço tremendo para Luís Castro, num grupo que não permite facilitar: o Borussia segue em primeiro lugar, com cinco pontos, e o Shakhtar em segundo, com quatro, mas ainda há duas equipas com menos um jogo. E essas equipas são… Inter e Real Madrid.

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