“Será muito difícil garantir a actividade assistencial aos doentes no Inverno”

Médicos à beira de um esgotamento, doentes que não conseguem ser atendidos nem ao telefone, centenas de emails por responder, horas e horas de trabalho gastas em telefonemas de seguimento de doentes com covid-19: a situação nos centros de saúde ameaça colapsar nos meses de Inverno

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Entropia é a palavra que o médico de família Martino Gliozzi escolhe para descrever a situação que se vive nos cuidados de saúde primários, que são a porta de entrada de milhares de doentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “A quantidade de emails e telefonemas que recebemos todos os dias é uma coisa fora deste mundo. E aquilo que antes resolvíamos numa única consulta, implica agora cinco ou dez contactos: ou o doente falhou os exames ou não tem a credencial ou faltam os medicamentos… E os profissionais são finitos”, descreve o coordenador da Unidade de Saúde Familiar da Baixa, em Lisboa, onde sete secretários clínicos, nove enfermeiros e 10 médicos (dos quais dois a meio tempo) servem um universo de 15 mil utentes.

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