O elogio da instabilidade

A Páscoa, o 25 de Abril, o 1.º de Maio, Fátima, o Avante, fado, a Fórmula 1, o Dia de Finados, o Dia de Todos os Santos e até o surf na Nazaré: eis um percurso inesquecível, só comparável ao das negociações orçamentais com todos os partidos à procura do momento de ruptura proveitosa, com a vontade obsessiva de não chegar a acordo com nenhum!

Se, dentro de um mês, as últimas exigências do PCP forem satisfeitas (e tudo leva a crer que sim), ficará aprovado o Orçamento do Estado. Sem maioria, com abstenções estratégicas e despeitados votos contrários. Sem se deixar tentar excessivamente pela chantagem dos defuntos parceiros, o Governo cumpriu o seu dever. Mas é pouco.

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