Sete da manhã
É a hora em que ainda é possível ouvir as gaivotas a dirigirem-se ao rio com o seu cantarolar sarcástico, como se rissem de nós a todo o tempo.
Às sete da manhã, com tudo ainda deserto, a cidade ganha novamente uma aparência de normalidade. Parece ainda estar toda a gente a dormir, ou se não estão disfarçam bem, sem assomar à janela, sem fazer barulho. É claro que há sempre o ocasional fumador que aproveita o silêncio e a brisa talvez para organizar a cabeça, para usufruir do momento de sossego que a hora inspira.
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