Saúde
De Wuhan a Brooklyn. O mundo vestiu duas máscaras e celebrou o primeiro Halloween da era covid-19
O mundo tentou celebrar o Dia das Bruxas no meio de uma pandemia, para tentar afastar o fantasma de 2020. Uns ignoraram o distanciamento e festejaram como sempre; outros incorporaram as medidas de distanciamento físico para celebrar um Halloween diferente.
Há um ano, o mundo estava a acordar de um Dia das Bruxas celebrado como sempre: crianças a pedir doces porta a porta, pessoas disfarçadas a caminho do trabalho e festas. Muitas festas. Muitas dessas celebrações tiveram de ser postas de parte e deram lugar a um Halloween mais contido, mais distanciado, mas também mais criativo.
Nos Estados Unidos, onde o Halloween é muito celebrado, muitos disfarces tiveram de incluir máscaras. E para o típico "doce ou travessura", muitos usaram tubos para manter o distanciamento social e não deixar de entregar doces às crianças.
Além disso, em tempo de eleições, muitos foram votar ou trataram de boletins de votos com um ar mais assustador do que o costume.
No Reino Unido, enquanto Boris Johnson anunciava novas medidas de confinamento, muitos saíram à rua, sem máscara, e celebraram o Dia das Bruxas sem distanciamento. Outros aproveitaram a "moda" da pandemia para se disfarçar com fatos de protecção individual.
Nos locais onde a pandemia está mais controlada é onde se reuniram as maiores concentrações de pessoas. Em Wuhan, a casa de partida para a covid-19, uma multidão encheu um parque de diversões dedicada ao Dia das Bruxas e em Hong Kong o dia foi celebrado por imensos mascarados em Lan Kwai Fong, o centro nocturno da cidade.
As movimentadas passadeiras de Tóquio também foram palco de vários desfiles de disfarces. Mas nem todos utilizaram as máscaras nos dois contextos (no de celebração do Halloween e no de prevenção contra a covid-19), já que um grupo de manifestantes aproveitou a ocasião para protestar contra o uso de máscaras.