Sporting volta ao comando quatro anos depois

Tondela sofreu quatro golos em Alvalade, mas respirou de alívio após o apito final tal foi o desequilíbrio no relvado. Pedro Gonçalves bisou e abriu o caminho da goleada.

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Numa partida em que apenas falhou uma goleada de outros tempos, o Sporting bateu o Tondela por 4-0, em Alvalade, e isolou-se no comando do campeonato, algo que não sucedia há quatro anos. Com 16 pontos em seis jornadas, os “leões”, conduzidos por Rúben Amorim confirmaram o segundo melhor arranque de temporada deste século e vão aguardar pelo desfecho do jogo do Benfica no terreno do Boavista, esta segunda-feira, que pode recolocar os “encarnados” na liderança da prova.

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Numa partida em que apenas falhou uma goleada de outros tempos, o Sporting bateu o Tondela por 4-0, em Alvalade, e isolou-se no comando do campeonato, algo que não sucedia há quatro anos. Com 16 pontos em seis jornadas, os “leões”, conduzidos por Rúben Amorim confirmaram o segundo melhor arranque de temporada deste século e vão aguardar pelo desfecho do jogo do Benfica no terreno do Boavista, esta segunda-feira, que pode recolocar os “encarnados” na liderança da prova.

Só no último ano de Jorge Jesus com “leão” ao peito é que o conjunto sportinguista conseguiu melhor no novo milénio à sexta jornada. Na fatídica temporada de 2017-18, que culminou com o ataque à Academia de Alcochete por elementos das claques, os lisboetas chegaram a esta fase com 18 pontos, somando apenas triunfos. Agora com o veterano treinador a viver a segunda passagem pelo rival da capital, é Rúben Amorim quem dá esperanças aos adeptos nesta fase inicial da principal competição nacional, tendo apenas cedido um empate até ao momento.

Com a oportunidade de chegar ao topo da classificação, o Sporting não vacilou, como em muitas outras ocasiões, e fez aquela que terá sido a mais vistosa exibição da temporada. O domínio foi tão avassalador, que o resultado final, apesar de robusto, deixa alguma frustração pela montanha de oportunidades claras de golo.

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As estatísticas podem dar alguma dimensão do desequilíbrio no relvado de Alvalade. Ao intervalo, o conjunto da casa somava 13 remates à baliza contra nenhum do Tondela. E ao apito final, a conta encerrava com 26 remates dos “leões” contra três (e com boa vontade) dos visitantes. Salvou-se da pobreza geral dos beirões o guarda-redes Pedro Trigueira, que somou 11 defesas – um recorde esta temporada – que evitaram tons mais humilhantes à derrota.

Quando Pedro Gonçalves abriu a contagem e apontou o primeiro dos seus dois golos, exactamente à passagem do minuto 45’, já o Sporting desesperava com tamanho desperdício de oportunidades, que começaram praticamente desde o apito inicial. A pressão chegou a tornar-se esmagadora à medida que os lisboetas procuravam o golo de todas as formas que conheciam.

Para este encontro, Rúben Amorim mexeu no “onze” titular, que alinhara frente ao Gil Vicente, a meio da semana e conseguira dar a volta a um resultado negativo nos instantes finais, vencendo por 3-1. A maior novidade foi o regresso de João Mário ao meio-campo, mais de quatro anos depois do jogador ter deixado os “leões” para uma aventura pouco exuberante no futebol italiano, inglês e russo.

Mais alterações surgiram no ataque, com Sporar de volta ao conjunto inicial, assim como Tiago Tomás. No banco ficaram Matheus Nunes, Jovane Cabral e, mais surpreendentemente, Nuno Santos, um dos principais protagonistas dos “leões” neste arranque de temporada, que teve de esperar até aos 66’ para entrar em campo, perfeitamente a tempo de causar estragos.

Sob a batuta de João Mário no meio campo e com Sporar como referência no centro do ataque, a abrir espaços na defesa adversária, os corredores para a baliza do Tondela surgiam de todos os lados, mas, Trigueira e alguma falta de sorte mantiveram o nulo até praticamente ao descanso.

Depois de dois duelos perdidos com o guarda-redes visitante, Pedro Gonçalves acertou com as redes, serenando a ansiedade dos seus na segunda metade. Um segundo tempo com o jovem contratado ao Famalicão a bisar (49’).

O Tondela era uma equipa desorientada em campo, inofensiva no ataque e pouco lhe restava se não continuar a evitar uma derrota mais pesada. Fez o que pôde por isso. Ou melhor, Trigueira deteve tudo o que conseguiu, mas não impediu, mesmo assim, mais dois golos. Pedro Porro assinou o terceiro aos 79’ e Sporar encerrou a contagem nos descontos.

Este Sporting de Amorim está moralizado e, depois da queda na Liga Europa, tem fome de campeonato.