Cartas ao director

As imagens da Nazaré dizem tudo

Para quem tivesse alguma dúvida sobre o comportamento de muita gente, as imagens da Nazaré, depois das do autódromo do Algarve, dizem tudo. As pessoas ainda pensam que tudo o que se está a passar não é real? Será que a irracionalidade é assim tão forte? Porque razão sacrificam indirectamente tanto profissionais de saúde? Porque razão contribuem conscientemente para a situação dramática que está a acontecer em quase todos os hospitais? Porquê? Será que aquelas pessoas que vemos nas imagens não têm qualquer sentido de responsabilidade nem nenhum conhecimento do que significa viver em sociedade? Talvez!

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

Dia de Todos os Santos

Gostaria de deixar aqui uma muito simples questão, que porventura terá uma resposta igualmente simples. Interrogo-me sobre a razão de, ao invés de se limitar a circulação entre concelhos nos próximos dias, não se encerrarem simplesmente os cemitérios? Não se obteriam melhores resultados, com muito menos polémica?

Luís Nascimento, Lisboa

Orçamento e Esquerda/Direita

José Pacheco Pereira, cronista do PÚBLICO, discorre sobre os conceitos de esquerda/direita no artigo “Quando as palavras não servem para nada”. Li com atenção e pareceu-me ter agarrado em questões ditas da “espuma dos dias” e não às questões de fundo que diferenciam a esquerda da direita políticas. No meu ponto de vista limitou-se a pegar em questões não essenciais, tais como o aumento do salário mínimo ou o apoio às empresas privadas.

A forma como analisou a acção do PCP no contexto do Orçamento do Estado foi absolutamente insuficiente, senão vejamos. Para o PCP o aumento do salário mínimo para 850 prende-se com as perdas salariais ao longo dos últimos 40 anos e neste aspecto é uma necessidade para os trabalhadores e para as empresas para aumentar o consumo dos seus produtos a nível interno. Segundo o INE, 40% dos trabalhadores são pobres. Outros aspectos que não são referidos e que diferem profundamente na política estrutural e que diferencia claramente ser de esquerda ou de direita, é o facto de o PCP exigir a não caducidade dos contratos colectivos de trabalho implementada por Passos Coelho, as nacionalizações das empresas de transportes rodoviários e ferroviários de mercadorias, os aeroportos, o Novo Banco e, em conformidade com a Constituição da República, o Serviço Nacional de Saúde ser público, universal e gratuito e apenas ser privado nas partes em que o público não tem condições de cobertura de saúde a toda a população. Agarrando nestas questões e às políticas do PS há mais de 40 anos, será que este partido é verdadeiramente de esquerda?

Mário Pires Miguel, Reboleira

Sugerir correcção