Jorge Soares: “Não há solidariedade e não há cooperação, há competição”

Entrevista a Jorge Soares, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, que fala do acesso a uma vacina para o novo coronavírus.

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Jorge Soares, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida Ricardo Lopes

Numa breve conversa exclusivamente sobre as garantias de acesso a uma eventual vacina, o médico anátomo-patologista Jorge Soares cita Winston Churchill para concluir que “temos de ser optimistas porque, tal como o mundo está, não adianta ser outra coisa”. Em tempo de pandemia, as alianças entre países para garantir a equidade de acesso a uma vacina ou tratamento – como a Covax (Mecanismo de Acesso Mundial às Vacinas contra a covid-19) – serão boas intenções sem grandes consequências, diz-nos o especialista. Mas, apesar disso, são necessárias. São, aliás, tudo o que nos resta numa altura em que devíamos estar a reforçar os valores de colaboração, cooperação e solidariedade. Em vez disso, vemos os países em competição e empenhados numa “espécie de nacionalização de vacinas”, lamenta o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

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