Reservas de todos os tipos de sangue estão em baixo. Instituto apela à doação

Instituto Português do Sangue e da Transplantação diz que desde Setembro que as reservas de sangue estão com níveis baixos e apela a todos os que podem que façam uma dádiva. Basta ter entre 18 e 65 anos, pesar 50 quilos ou mais e ser saudável. Não há contra-indicações.

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Dar sangue não tem qualquer contra-indicação André Rodrigues

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) alertou nesta quarta-feira para o facto de Portugal estar “com níveis baixos de reservas de sangue”, apelando aos dadores ou a quem tem condições para o ser, para irem dar sangue.

Em comunicado, o IPST refere que “os primeiros indícios de algum desequilíbrio” aconteceram já no mês passado, mas que esta tendência se acentuou nas últimas semanas, fruto de dois factores simultâneos: a diminuição das dádivas e a retoma da actividade não urgente nos hospitais, que tinha estado praticamente parada até ao Verão e desde o início da pandemia. 

Durante esses meses iniciais de combate à pandemia, as reservas de sangue nunca falharam porque, apesar de ter havido uma quebra de cerca de 5% nas colheitas de sangue, muita da actividade hospitalar também estava parada, permitindo um “equilíbrio” que começou, entretanto, a falhar. O IPST lembra que a pandemia “trouxe novas rotinas e novas realidades”, mas que a necessidade dos componentes sanguíneos para tratar doentes “mantém-se inalterada”, apelando a todos os que podem fazê-lo que vão dar sangue. “Pedimos a todos os dadores que há muito não fazem uma dádiva de sangue ou a todos aqueles que preenchem os requisitos que se dirijam a um local de colheita e façam a sua dádiva”, pedem no comunicado enviado às redacções. 

Para ser dador de sangue tem de ter entre 18 e 65 anos, peso igual ou superior a 50 quilos e hábitos de vida saudável. Não há qualquer contra-indicação e o IPST recorda que as medidas de segurança foram reforçadas nos locais de dádiva. Contudo, o instituto alerta também que ninguém com sintomas de doença (tosse, febre ou falta de ar) ou que tenha estado em contacto com alguém infectado com covid-19 deve apresentar-se nos locais de recolha.

Em Fevereiro, o IPST já tinha feito um outra apelo à dádiva de sangue, num altura em que estavam particularmente “em falta” os grupos A e O. Agora, o instituto não faz qualquer distinção quanto ao grupo sanguíneo dos dadores, fazendo um apelo generalizado à população e lembrando que dar sangue é “um gesto solidário ímpar”.

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