Sporting derrota Gil Vicente e agarra segundo lugar

Os “leões” estiveram a perder mas deram a volta ao marcador e triunfaram por 3-1, isolando-se no segundo posto, a dois pontos do líder Benfica.

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O Sporting sofreu, mas conseguiu isolar-se no segundo lugar LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Com mais de um mês de atraso (por causa de um duplo surto de covid-19) e a horas tardias (por causa da Liga dos Campeões), ficou finalmente completa a primeira jornada da época 2020-21, e há um novo segundo classificado no campeonato, o Sporting, que bateu o Gil Vicente por 3-1, em Alvalade, e ficou sozinho na vice-liderança, com 13 pontos, menos dois que o comandante Benfica.

Os “leões” tiveram uma noite francamente desinspirada, e estiveram em desvantagem, sem solução à vista, mas Rúben Amorim descobriu no banco as soluções para a reviravolta e manter este início de campeonato do Sporting quase perfeito: quatro vitórias e um empate em cinco jornadas.

Para a oportunidade que tinha de ser aproveitada, Rúben Amorim nada mudou em relação aos dois jogos anteriores. Apresentou exactamente o mesmo “onze” e, provavelmente, esperava uma entrada forte e dominadora da sua equipa, tal como acontecera num passado recente. Mas esta fórmula inicial não resultou porque chocou de frente com um muro chamado Gil Vicente, muito bem organizado para aguentar o tempo que fosse possível.

Rui Almeida entregou a iniciativa ao Sporting, mas não lhe entregou o jogo. Após a pressão alta no momento de construção ofensiva dos “leões”, o Gil Vicente recuava rapidamente para as suas trincheiras e cortava todos os espaços. O Sporting bem tentava atacar com a profundidade e mudança de flanco, chegava à área gilista, ganhava cantos, mas nada fazia com eles. O mais perto que esteve do golo na primeira parte foi num canto que um defesa do Gil desviou para a própria baliza, logo aos 3’ — não fossem os reflexos de Dénis e a bola teria entrado.

O Sporting conseguiu algumas aproximações com perigo relativo, mas nada que desconcentrasse o autocarro de dois andares do Gil Vicente — e não é vergonha nenhuma usar a defesa como arma, se isso der uma janela de oportunidade para ferir o adversário mais tarde durante o jogo. Foi o que aconteceu poucos minutos tinham passado da segunda parte. Aos 52’, a formação minhota ganhou um livre no lado direito do seu ataque. Talocha movimentou a bola para a área e Lucas Mineiro ganhou no jogo aéreo e desviou a trajectória da bola para a baliza de Adán.

O Sporting parecia estar em pânico. Rúben Amorim não demorou muito tempo a mudar. Foi metendo gente no ataque — Sporar, Tiago Tomás e Daniel Dragança — na esperança que alguma coisa mudasse. Mas as alterações levaram algum tempo até ter efeito. Durante cerca de meia-hora, o Gil Vicente pareceu cada vez mais tranquilo e seguro de que iria voltar a ganhar em Alvalade 18 anos depois — foi um 0-3 em 2002, ainda no estádio antigo, era Lazslo Boloni o treinador e Cristiano Ronaldo estava no “onze” do Sporting.

Aos 82’, o Sporting chegou ao empate. Pedro Gonçalves ganhou a linha, fez o cruzamento, Nuno Santos deu altura à bola com a cabeça e Sporar, praticamente em cima da linha de golo, marcou o seu primeiro da época.

Os “leões” ganharam embalagem com o empate e, dois minutos depois, os outros dois que vieram do banco construíram o golo da vitória. Bragança viu bem a desmarcação de Tomás e o jovem avançado, em queda, fez um remate cruzado que consumou a reviravolta.

Já na compensação, “Pote” fez o 3-1 dando uma expressão maior, que esta vitória do Sporting não merecia.

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