Eleições no Benfica: a maior votação de sempre entre críticas ao voto electrónico

Acto eleitoral prolongou-se bem para lá das 22h. Há três listas na corrida aos órgãos sociais do clube.

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António Pedro santos/LUsa
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O candidato João Noronha Lopes António Pedro santos/LUsa
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Com as urnas já encerradas, as eleições para os órgãos sociais do Benfica, com vista ao quadriénio 2020-24, consolidaram uma marca que histórica. A mais recente actualização aponta para 38.102 o número de sócios que votaram, o que significa que foi largamente ultrapassado o recorde de votantes que datava de 2012 (22.676).

No complexo da Luz, nas imediações do estádio, têm sido longas as filas de espera para votar, sendo que, para além do pavilhão, há assembleias eleitorais espalhadas por todas as regiões do país, num total de 25. 

Pelas 9h00, tinham votado 1611 sócios e, uma hora mais tarde, eram já 3734, 1177 dos quais no pavilhão anexo ao Estádio da Luz. Entre eles contavam-se algumas figuras ilustres do clube, como Shéu Han ou Toni.

Entre os candidatos à presidência, e conforme estava previsto, João Noronha Lopes foi o primeiro a exercer o direito de voto e falou à saída das instalações, para voltar a abordar a questão dos procedimentos e da contagem de votos.

“Temos dirigido um conjunto de questões ao presidente da mesa da assembleia geral quanto ao voto electrónico que não foram respondidas. Relativamente ao voto físico, espero que ele leve em conta o que tem sido comunicado também pelas outras listas. As urnas têm de ser abertas, o voto físico tem de ser contado e os meus delegados não sairão do pé das urnas até que isso aconteça. Que esta eleição seja democrática”, apelou, em declarações aos jornalistas.

A votação, que foi antecipada para esta quarta-feira depois da proibição de circulação entre concelhos imposta pelo Governo para os próximos dias, decorrerá até às 22h. Da parte da tarde, a partir das 16h, é expectável que votem os candidatos Luís Filipe Vieira e Rui Gomes da Silva.

“Estão criadas todas as condições de segurança, isto está muito bem organizado e vai correr muito bem”, previu esta manhã Virgílio Duque, presidente da mesa da Assembleia Geral, em declarações à BTV.

Pouco depois das 16h20, foi a vez de Luís Filipe Vieira, presidente em exercício e candidato da Lista A, exercer o direito de voto. “Foi montada uma logística para que o máximo possível de sócios possa votar e escolher aquilo que quer para este clube, que é um clube democrático. Acho que é uma lição de civismo a toda a gente e estamos a cumprir todas as regras”, resumiu, aos microfones da BTV. “No fim, vamos ver o que vai suceder”.

Depois das dúvidas levantadas por Noronha Lopes sobre a eficácia do sistema de voto electrónico, Virgílio Duque apresentou uma explicação adicional ao início da noite, insistindo que o a Mesa da Assembleia Geral entende que este é o meio mais fiável e seguro e que o voto em papel serve apenas como salvaguarda.

“As urnas não serão abertas. São fechadas e seladas com os delegados das candidaturas e são transportadas por uma empresa de guarda de valores que as vão reter por um período mínimo de seis meses. Hoje, por uma questão de segurança, não vou revelar o nome da empresa”, sublinhou Virgílio Duque, assumindo que qualquer sócio poderá, posteriormente, contestar o resultado pelos meios estatutários e legais.

Entre os milhares de sócios com a prerrogativa de contestarem o desfecho do acto eleitoral está Rui Gomes da Silva, que votou depois das 19h, voltando a expressar “desconfiança total” face ao voto electrónico. "Espero que os resultados finais estejam de acordo com o que é a expressão dos sócios, lamentando que a MAG não tenha aceitado um conjunto de regras que propusemos em vários momentos”, destacou, congratulando-se com a afluência às urnas. 

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