Pandemia corta 40,8% do lucro do Santander até Setembro

Em Portugal, o “benefício ordinário” do grupo financeiro espanhol caiu 37%, para 243 milhões de euros. Grupo consolidou lucros de 3,6 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano

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Grupo Santander é liderado por Ana Patricia Botín Reuters/SUSANA VERA

O grupo bancário espanhol Santander obteve lucros de 3658 milhões de euros líquidos nos primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 40,8% em relação a um ano antes, com os resultados em Portugal a contribuírem com 243 milhões.

Na informação que enviou hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o grupo explicou que os resultados globais foram influenciados pelas maiores provisões feitas para contrariar o impacto da pandemia de covid-19.

O Santander indica que, em Portugal, o “benefício ordinário” caiu 37%, para 243 milhões de euros, devido ao impacto da covid-19 sobre rendimentos e provisões.

O banco explica que a actividade comercial de todo o grupo recuperou entre Julho e Setembro, e o lucro líquido do período cresceu 14,3%, para 1,75 mil milhões, graças à recuperação dos rendimentos.

A qualidade do crédito continuou a ser “sólida”, com uma redução do rácio do crédito malparado de 32 pontos base nos últimos 12 meses, para 3,15%, segundo a instituição.

O grupo informa que continuou a gerar capital de forma orgânica, adicionando 14 pontos base de capital CET1 até alcançar 11,98%.

As receitas nos primeiros nove meses do ano foram de 33.605 milhões de euros, seguindo a trajectória do mesmo período de 2019, apesar do contexto económico difícil.

Quase metade das vendas, ou 44%, foram feitas através de canais digitais, um aumento em relação aos 36% alcançados em 2019.

Por outro lado, os empréstimos cresceram muito em todos os principais mercados (mais 5% em euros constantes), especialmente na América do Sul (mais 17%) e América do Norte (mais 6%), enquanto que os depósitos aumentaram 9%.

A qualidade do crédito permaneceu forte, segundo o Santander, com uma redução de 32 pontos base de crédito malparado nos últimos 12 meses para 3,15%.

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