Josep Maria Bartomeu e direcção do FC Barcelona demitem-se em bloco
Bartomeu, que assumiu a liderança do clube catalão em Janeiro de 2014, será substituído por uma comissão de gestão, a cargo de Carles Tusquets, presidente da comissão estatutária económica do clube.
O presidente do FC Barcelona, Josep Maria Bartomeu, anunciou esta terça-feira que se demitiu do cargo, juntamente com a direcção “blaugrana”, uma decisão “considerada por todos”, depois de conhecida a resposta do Governo da Catalunha sobre o voto de censura.
“Apresento-me para anunciar a minha demissão e a do resto do conselho de administração. É uma decisão considerada por todos. Esta manhã recebi a resposta do Governo da Generalitat (Catalunha), que reitera não haver impedimentos jurídicos para celebrar o voto de censura. Isto significa que se exige a descentralização do voto e não mencionam a nossa proposta de ter 15 dias de margem para poder garantir as medidas de segurança necessárias”, informou Josep Maria Bartomeu, na conferência convocada de urgência.
A oposição de Bartomeu tinha reunido no início do mês as assinaturas necessárias para apresentar uma moção de censura à gestão do clube. A proposta de moção de censura tinha sido apresentada por Jordi Farré, um aspirante a candidato à presidência do Barcelona, dias depois de Lionel Messi ter manifestado o desejo de abandonar o clube catalão, em Agosto.
A contestação a Bartomeu já era sentida há vários meses no Barcelona, mas a situação agravou-se em Agosto, depois da derrota por 8-2 contra o Bayern de Munique, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Em Abril, a demissão de seis dirigentes, incluindo de dois dos quatro vice-presidentes, já tinha espoletado uma crise directiva no clube. Os demissionários protestaram, então, contra aquilo que consideravam ser uma situação de “caos” num dos clubes mais ricos do mundo.
Bartomeu, que assumiu a liderança do clube catalão em Janeiro de 2014, sucedendo a Sandro Rossel, será substituído por uma comissão de gestão, a cargo de Carles Tusquets, presidente da comissão estatutária económica do clube, sendo que terá de convocar eleições no prazo máximo de três meses, assim que os seus membros tomem posse.