Cartas ao director

Temporal no país mas não no OE nem na covid-19

O país teve chuvas e ventos fortes, um temporal, dito por outras palavras. Mas, quanto a este, não há nada a fazer. Há até um ditado espanhol, bastante curioso que diz: Deus perdoa sempre, nós de vez em quando, a Natureza nunca... Os votos que eu formulo, e espero bem que assim seja, é que não haja também temporal no Orçamento nem na covid-19. A esquerda irá entender-se, uma vez mais, e o principal instrumento financeiro do país terá luz verde. Um OE de esquerda, como é este para 2021, só pode e deve ser aprovado pela esquerda. Penso que assim será. Ainda não há muito tempo, escrevi no PÚBLICO que não havia condições para o Bloco Central. E aí está o voto contra do PSD. Já basta o mau tempo que assolou o nosso país, que haja, ao menos, bom tempo no OE-2021, como também na covid-19.

Não creio que Portugal aguente mais medidas drásticas e radicais. Não me refiro, claro, à aplicação StayAway Covid, que até considero bastante útil, nem ao uso de máscara obrigatório nas ruas, que também me parece necessário e conveniente. Mas sim a eventuais novos estados de emergência ou confinamentos ou, ainda, recolheres obrigatórios. A proibição de circular entre concelhos de 30 de Outubro a 3 de Novembro é um mal menor, que evita outros bem maiores. Com bom senso, que irá prevalecer, tem de se evitar, a todo o custo, que o doente, se não morre da doença, morra da cura! Portugal, ao longo de quase nove séculos de história, esteve sempre à altura dos grandes desafios que tem enfrentado. Não seria agora que iríamos falhar.

Simões Ilharco, Lisboa

Falta de bom senso

Somos informados com frequência pela comunicação social que existem no nosso país muitos hectares de terrenos abandonados e por outro lado alertam-nos para as culturas intensivas. Não seria possível os responsáveis portugueses olharem para esses terrenos abandonados e desenvolveram regras para que muito em breve essas áreas fossem rapidamente cultivadas e o produto utilizado por todos nós, evitando a importação, por exemplo, de feijão verde de terras do fim do mundo? E não será de controlar as culturas intensivas que muitas vezes deixam as terras exangues em poucos anos e gastam muito mais água do que nas culturas normais? Para que este equilíbrio seja uma realidade é apenas necessário bom senso.

Maria Clotilde Moreira, Algés

Portugal insolvente

Será que desde a nossa independência, em 1143, o nosso secular fado tem de ser sempre este, cada vez mais desgraçado? Ainda há pouco fomos lembrados de que a dívida do Estado, famílias e empresas ascende ao montante de 786.000 milhões de euros. Não sabemos que engenharia financeira poderá conceber uma diminuição drástica de tão descomunal calote, a menos que declaremos guerra a quem nos vença e chame a si toda a nossa massa falida.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

Sugerir correcção