Há 100 milhões para contratar 4200 profissionais de saúde. Será que chega?

Maior fatia do aumento do orçamento da saúde é para investimento, mas, historicamente, a taxa de execução é muito baixa. A análise é feita por Eduardo Costa, investigador na área de Economia da Saúde.

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Manuel Roberto

O Governo quer reforçar o orçamento para a saúde em quase 500 milhões de euros em 2021 mas, esmiuçando a proposta do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, percebe-se que, ao mesmo tempo que está previsto um aumento de cerca de 200 milhões de euros na despesa com pessoal, projecta-se um decréscimo quase da mesma magnitude, 197 milhões de euros, na despesa com bens e serviços. O que cresce, e muito, é o investimento previsto para 2021 face ao estimado para este ano, mais 386 milhões de euros do que este ano, mas esta é “uma intenção” que deve ser olhada com cautela, uma vez que “historicamente a despesa de capital [o investimento] executada permanece sempre bastante abaixo do orçamentado”, sublinha Eduardo Costa, investigador na área de Economia da Saúde na Nova School of Business and Economics, onde dá aulas.

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