Sporting suspende director-geral das modalidades, Miguel Albuquerque, após caso de violência doméstica

Clube anunciou decisão em comunicado esta quarta-feira. Condenação em processo de violência doméstica motivou decisão.

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Miguel Albuquerque Sporting

O Sporting decidiu suspender o director-geral das modalidades, Miguel Albuquerque, após as notícias de condenação do responsável “leonino”, com pena suspensa, por violência doméstica contra a ex-mulher, noticiado esta quinta-feira pelo Correio da Manhã. Em comunicado publicado esta quinta-feira, o clube diz que o contrato de trabalho de Albuquerque foi suspenso com efeitos imediatos. 

“O Sporting Clube de Portugal vem por este meio comunicar que em virtude das notícias hoje vindas a público sobre o Director-Geral das Modalidades, Miguel Albuquerque, o seu contrato de trabalho encontra-se suspenso com efeitos imediatos”, afirma o Sporting.

A ligação de Miguel Albuquerque ao Sporting tem cerca de duas décadas, em grande parte ligada às equipas de futsal do emblema “leonino”. Entrou no ano 2000 no clube de Alvalade para colaborador técnico, tendo desempenhado vários cargos entretanto. O Sporting chegaria a ser campeão europeu desta modalidade em 2019. 

Em 2018, após a eleição do actual presidente Frederico Varandas, foi convidado para o cargo de director-geral das modalidades, que desempenhou nos últimos dois anos. 

Durante os 20 anos de ligação aos “leões”, esteve envolvido em algumas polémicas: em Setembro de 2016, o dirigente “leonino” recebeu 16 meses de suspensão, na sequência de uma agressão a Bruno Coelho, jogador de futsal do Benfica, em Junho desse mesmo ano. Em Dezembro, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) reduziu em meio ano a pena aplicada ao director das modalidades do Sporting, que cumpriu 12 meses e dez dias de suspensão.

Em Março de 2019, no pavilhão do FC Porto, o Dragão Caixa, a esposa do director de modalidades foi agredida por um adepto portista, após uma troca de palavras entre o casal e simpatizantes portistas que se encontravam na bancada VIP do pavilhão. Miguel Albuquerque denunciou a altercação na conferência de imprensa após a partida, deixando críticas à actuação da cúpula dirigente “azul e branca” presente nessa mesma bancada. 

Os “dragões” repudiaram, através de um comunicado, a “zaragata” e interditaram o adepto prevaricador do pavilhão, mas negaram que o administrador da SAD, Adelino Caldeira, tenha protegido o agressor das autoridades, como Miguel Albuquerque deixou a entender na conferência de imprensa após a partida.

O incidente no Dragão Caixa viu mesmo uma crispação nas relações entre os dois clubes, com Frederico Varandas a criticar o presidente portista, Pinto da Costa, dizendo que o pedido de desculpas endereçado pelo dirigente portista não foi suficiente. 

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