A Liga Europa vai deixar Benfica e Sp. Braga sem fôlego

Benfiquistas jogam na Polónia frente ao Lech Poznan, bracarenses recebem AEK. Ciclo infernal de seis jogos em 18 dias terminará na Luz com um confronto entre ambos.

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Jorge Jesus: "“Queremos chegar ao fim desta Liga Europa, é um objectivo" LUSA/Jakub Kaczmarczyk

A Liga Europa entra, nesta quinta-feira, na vida de Benfica e Sp. Braga, as duas equipas portuguesas participantes na fase de grupos, e as próximas semanas vão ser um sufoco para ambas. Os “encarnados” estreiam-se na Polónia o Lech Poznan (17h55, SIC), enquanto os minhotos recebem o AEK de Atenas (20h, SPTV1), num ciclo de seis jogos em 18 dias que terminará na Luz, com um confronto entre ambos a 8 de Novembro. Até lá, nenhuma delas terá mais de três ou quatro dias de descanso, e quando se encontrarem, vão dar por bem-vinda a pausa para os compromissos das selecções que virá a seguir.

Para o Benfica, a Liga Europa é uma espécie de segunda oportunidade depois do traumático afastamento da Liga dos Campeões na terceira pré-eliminatória frente ao PAOK Salónica. E é uma competição à medida de Jorge Jesus, que levou o Benfica a duas finais consecutivas (2013 e 2014) e assume o objectivo de lá chegar outra vez – a final será também na Polónia, mas noutra cidade, Gdansk, a 26 de Maio. “Queremos chegar ao fim desta Liga Europa, é um objectivo. Mas é preciso cumprir um objectivo de cada vez. Primeiro, é preciso passar a fase de grupos e queremos começar com uma vitória”, assumiu o técnico, que tem Standard Liège e Glasgow Rangers como os outros dois adversários no Grupo D.

A verdade é que, depois da derrota em Salónica, o Benfica entrou num ciclo 100% vitorioso, com quatro triunfos nos quatro primeiros jogos do campeonato, e Jesus quer manter essa dinâmica em Poznan (onde terá pela frente o experiente médio português Pedro Tiba, a cumprir a sua terceira época no Lech) para alcançar a primeira vitória benfiquista em território polaco – as duas visitas anteriores resultaram em dois empates, em 1993 frente ao Katowice (1-1) e em 1996 com o Ruch Chorzow (0-0), ambos na primeira eliminatória da Taça das Taças e ambos com qualificação “encarnada”.

Com o calendário carregado nos próximos tempos, é provável que Jorge Jesus faça algumas mudanças em relação ao que costuma apresentar na Liga portuguesa. Uma certeza em relação ao “onze” que esteve em Vila do Conde é a promoção do brasileiro Gilberto à titularidade no lado direito da defesa, já que André Almeida sofreu uma rotura de ligamentos no joelho direito e enfrenta uma paragem prolongada.

Estreia de Gaitán

Na Pedreira, o Sp. Braga inicia a sua campanha europeia frente a um AEK de Atenas que apresenta uma numerosa colónia de jogadores portugueses – os defesas Hélder Lopes e Paulinho, o médio André Simões e o avançado Nélson Oliveira. Carlos Carvalhal quer dar sequência às duas vitórias conseguidas no campeonato e entrar bem na Liga Europa, até porque uma das outras equipas do agrupamento, o Leicester City, “está num nível diferente” - os ucranianos do Zorya completa o lote de adversários dos minhotos no Grupo G.

“Em todos os jogos, a pressão sobre um clube como o Sp. Braga é sempre a mesma e já começa a ter contornos de equipa de enorme responsabilidade”, assinalou o treinador bracarense, que, para o confronto com o AEK, chamou Nico Gaitán, ainda à espera da estreia com a camisola dos minhotos. “Está convocado, mas não quer dizer que esteja ao seu nível. Estará dentro da capacidade possível em virtude de uma semana de trabalho”, limitou-se a dizer Carvalhal sobre o internacional argentino de 32 anos que foi a contratação mais sonante do Sp. Braga para esta época.

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