Inspectores do SEF desconvocam greve de 22 de Outubro, mas mantém para 26 de Novembro e 16 de Janeiro

Greve do foi desconvocada depois de uma reunião com Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna.

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Sindicato manteve o pré-aviso de greve para os dias 26 de Novembro e 16 de Janeiro. Rui Gaudencio

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) desconvocou a greve que tinha agendada para esta quinta-feira, depois de uma reunião com Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna (MAI), mas manteve o pré-aviso para os dias 26 de Novembro e 16 de Janeiro.

“Esses dias só serão desconvocados se o MAI materializar a promessa deixada hoje”, garantiu ao PÚBLICO Acácio Pereira, presidente do SCIF, sublinhando que o sindicato já demonstrou um sinal de boa-fé negocial.

E o que prometeu o MAI?

 Segundo Acácio Pereira, prometeu viabilizar matérias como a promoção na carreira de investigação e fiscalização, o aproveitamento de reserva de recrutamento para ingresso na carreira de investigação e fiscalização do mapa de pessoal do SEF e a aprovação de passagens à disponibilidade.

“Até dia 26 de Novembro há tempo para da parte do Governo demonstrar que há boa vontade também”, afirmou o responsável pelo SCIF, acrescentando que Eduardo Cabrita mostrou-se ainda disponível para uma discussão sobre a revisão da lei orgânica e do estatuto de pessoal do SEF, após a aprovação do Orçamento do Estado para o ano de 2021.

No centro das reivindicações, para os dias de greve convocados, estavam a necessidade de reforço dos recursos humanos e de um maior investimento na formação dos inspectores. Os inspectores pretendem também libertar-se de trabalhos administrativos e de mero controlo documental, para se focarem mais na sua competência de segurança, de investigação criminal e de protecção das vítimas.

Porém, o Sindicato dos Inspectores e Investigação (SIIF) não acompanha totalmente a decisão do SCIF e decidiu manter a greve em alguns postos, nomeadamente para Direcção Regional da Madeira e Direcção de Fronteiras de Lisboa.

“Aquando do anúncio da greve convocada por outra estrutura sindical, representativa dos funcionários da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, e em razão da transversalidade das questões elencadas, entendeu a direcção deste Sindicato associar-se à mesma, para todos os efeitos legais”, lê-se numa nota enviada aos associadas, sublinhado que, no entanto, “é nosso entendimento que os motivos apresentados para a desconvocação da greve por parte da outra estrutura sindical não se revelam suficientes, razão pela qual, se mantêm os avisos prévios de greve anunciados para a Direcção Regional da Madeira e Direcção de Fronteiras de Lisboa, cuja iniciativa é da nossa responsabilidade”.

 Já os trabalhadores das carreiras não policiais vão manter também a greve, marcada para esta quinta-feira, em todos os postos e atendimento do SEF de Norte a Sul do país e Ilhas.

Ao Público, Artur Girão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do SEF, disse que considera que não houve nenhum em relação às bandeiras que defendem que estão relacionadas com a alteração orgânica e o estatuto do pessoal das carreiras não policiais que desempenham funções no SEF.

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