Van Damme ajuda a salvar chihuahua que ia ser eutanasiada por ter passaporte falso

Uma cria de chihuahua de três meses com um passaporte búlgaro falso ia ser eutanasiada na Noruega. Até uma petição chegar à estrela de artes marciais. Activistas pelos direitos dos animais alertam para um controlo mais apertado a criadores de animais ilegais e traficantes.

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Raya, uma cria de chihuahua de três meses, já não vai ser eutanasiada por não ter documentos — graças a uma petição apoiada por Jean-Claude Van Damme.

A cadela foi vendida por um criador na Bulgária, em Setembro. Mas quando chegou à Noruega, as entidades oficiais do país no norte da Europa não a podiam registar porque o passaporte búlgaro com que viajava era falso. 

As entidades norueguesas tentaram repatriar a cadela, mas as entidades búlgaras recusaram-se a recebê-la, uma vez que um animal sem documentos não pode atravessar fronteiras da União Europeia, segundo as regras europeias de transporte vivo de animais.

A estrela de cinema e de artes marciais, conhecido pelos filmes de acção e também ele tutor de um chihuahua, apoiou uma petição para salvar Raya, dias antes do seu 60º aniversário: “Imploro, por favor, para os meus anos: Autoridade de Segurança Alimentar, mudem a vossa decisão”, escreveu Van Damme nas redes sociais.

petição foi lançada na change.org pelo dono de Raya, Alexey Iversen e, com apoio mediático e os milhões de seguidores de Van Damme, foi bem-sucedida. 

As autoridades búlgaras aceitaram o regresso de Raya, que ainda continua em isolamento na Noruega, segundo o que o dono disse à Euronews. Alexey Iversen pretende viajar de volta para a Bulgária com a chihuahua, para conseguir obter a documentação correcta e voltar à Noruega.

Alexey Iversen terá comprado a cadela com passaporte búlgaro e vacinas dadas por um veterinário búlgaro a uma “pessoa privada em Oslo”, segundo o que escreveu na petição. A 23 de Setembro, a Autoridade de Segurança Alimentar norueguesa considerou que a cadela foi importada ilegalmente, retirou-a à família e colocou-a em quarentena.

Um dos representantes da organização de direitos dos animais Four Paws, Yavor Gechev, disse que à Associated France Press (AFP) que a Bulgária deveria ser felicitada por mostrar flexibilidade, mas alertou para a necessidade de um controlo mais apertado para criadores de animais ilegais e traficantes. “A exportação de animais de companhia do Leste da Europa para o Ocidente e o Norte é um negócio lucrativo”, disse, citado pela AFP. 

O actor belga não é a primeira figura pública a salva um animal “ilegal”. Em 2018, uma campanha internacional que incluía Paul McCartney salvou Penka, a vaca de cinco anos que ia ser morta depois de atravessar a fronteira da Bulgária com a Sérvia, em 2018. 

A Autoridade de Segurança Alimentar búlgara também voltou a analisar o caso e, depois de se assegurar que o animal não teria doenças, autorizou o seu regresso à aldeia de Mazarachevo, do outro lado da fronteira. Na altura, Yavor Gechev também lembrou que Penka não seria o único animal a atravessar, sem documentos e sem saber, fronteiras. “Seria muito cruel matar todos estes animais”, disse o activista, apelando a uma revisão das leis europeias. 

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