Se é para reequilibrar o mundo, vamos começar por uma Hortalegre

Tratam a terra com respeito, mimam-na. Flores comestíveis, levadas de água, estufas cheias de vida, casas a trepar pelas árvores. O cantinho deles é um pequeno paraíso. “Temos a oportunidade de partir do zero.” Matt e Eva aceitam voluntários — para plantar, colher e comer.

gastronomia,fugas,musica,agricultura,turismo,ambiente,
Fotogaleria
Eva e Mathieu Teresa Pacheco Miranda
gastronomia,fugas,musica,agricultura,turismo,ambiente,
Fotogaleria
As casa de árvores, “Other world” Teresa Pacheco Miranda
gastronomia,fugas,musica,agricultura,turismo,ambiente,
Fotogaleria
“Tudo tem que ser integrado” — até as ervas daninhas Teresa Pacheco Miranda

Mathieu tinha seis anos. Eva três. Os pais compraram um catamarã e lançaram-se ao mar. A viagem durou oito anos. Despediram-se da família em Portugal, atravessaram o Atlântico, percorreram a América do Sul e Central, atravessaram o Canal do Panamá, pararam na Califórnia, EUA. “Viajar, viajar, viajar”, resume muito, muito resumidamente Matt. Tinham aulas em casa “com bastante rigor” (das 7h às 13h) e assim as tardes ficavam livres para conviverem com as comunidades locais (dominam quatro línguas mais um dialecto indígena). Viveram dois anos da pesca e do artesanato enquanto navegavam pelas ilhas de Kuna Yala. “Tudo aconteceu ali”, diz à conversa com a Fugas à sombra de uma pequena floresta de “bouleau” — “bétula, é isso” — onde germinaram quatro casas de árvores, projectadas para alojar quem vem ajudar a trabalhar a terra, que os irmãos Bonnefille tratam com o máximo respeito.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários