Pedro Sousa nas meias-finais do Lisboa Belém Open

Gonçalo Oliveira joga final de pares após eliminar dupla portuguesa.

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Pedro Sousa José Sena Goulão/Lusa

Pela segunda vez em três anos, Pedro Sousa vai jogar as meias-finais do Lisboa Belém Open. Mas ao contrário de 2018, o tenista lisboeta não irá acusar o cansaço de estar a competir em semanas consecutivas, pois teve mais tempo para preparar o challenger que decorre no CIF, o seu clube de sempre.

“Houve um ano, quando vim de fazer segunda ronda no Estoril e ganhar Braga, que também vinha com confiança e a jogar bem, um bocadinho cansado fisicamente por serem semanas consecutivas. Desta vez também, fiz uma final há pouco tempo e estou um pouco mais fresco. Se esta não é a melhor, está a par com aquela em que também cheguei às meias-finais”, explicou Sousa (111.º), após eliminar o cazaque Dmitry Popko (178.º), por 7-5, 6-2.

O segundo melhor português no ranking mundial não entrou bem, tendo sofrido dois breaks, mas depois de recuperar de 0-3, não mais perdeu o ascendente sobre o adversário. “Não entrei tão bem, ele também teve mérito, esteve sólido. Tentei começar a puxar pelo serviço, subi um bocadinho o nível. O segundo set também foi duro, mas acho que foi o meu melhor encontro até agora”, disse Sousa.

Pela frente o tenista português terá Alessandro Giannessi (164.º), que conhece muito bem, já se defrontam desde 2009, com o tenista italiano a liderar o mano-mano, por 4-3, mas Sousa venceu os mais importantes: final do challenger de Francavilla e primeira ronda de Wimbledon, ambos em 2017.

A relação entre ambos estende-se para fora do court e ainda no início desta semana foram jantar juntos. “Ao perder comigo em Francavilla, ele não entrou em Roland Garros e, a brincar, disse que lhe roubei 70 mil euros”, explicou o tenista luso.

O italiano está igualmente a subir de nível a cada ronda que passa e, frente ao búlgaro Dimitar Kuzmanov (298.º), não cedeu nenhum set: 6-4, 6-3. “Pedro é um bom amigo, muito talentoso e está a jogar bem; vai ser difícil, de certeza”, garantiu Giannessi.

Na outra meia-final, o espanhol Jaume Munar (112.º) defronta o italiano Federico Gaio (136.º). Munar voltou a justificar o favoritismo, diante do francês Alexandre Muller (233.º), vencendo com um duplo 6-2. “Foi talvez das minhas melhores exibições desde a quarentena, fisicamente, mentalmente, bati bem a bola dos dois lados, acho que fiz tudo bem”, frisou o atleta da Rafa Nadal Academy.

Já Gaio precisou de três horas para ultrapassar o brasileiro Guilherme Clezar (270.º), por 5-7, 6-4 e 7-6 (7/4).

À tarde (16 horas), realiza-se a final de pares com a presença de um português. Gonçalo Oliveira e o dominicano Roberto Cid Subervi qualificaram-se para o derradeiro encontro ao vencerem a dupla portuguesa, Nuno Borges/Francisco Cabral, por 3-6, 6-3 e 10/8. O título será discutido com a dupla formada pelo finlandês Harri Heliovaara e o checo Zdenek Kolar.

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