Apoios de 25 milhões a empresas destruídas por fogos ainda estão retidos

Dos 105 milhões aprovados no programa de reposição do potencial produtivo, chegaram às empresas 80 milhões. Apoio só é pago como reembolso após empresas avançarem com investimento. Dez famílias esperam ainda por uma casa.

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Paulo Pimenta
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Em frente à empresa de componentes de calçado de António Óscar ergue-se uma encosta densamente povoada por eucaliptos. A mancha verde com árvores de porte já respeitável serve de camada que atenua a memória do incêndio que queimou toda aquela área de Oliveira do Arda, em Castelo de Paiva, na noite de 15 de Outubro de 2017. No interior do edifício, as divisões de entrada da Exubersucesso ainda apresentam as marcas não cicatrizadas do fogo, das divisões destruídas ao poço da escada tingido pelo fumo. Já dentro da sala em que os quatro operários estão a produzir solas António Óscar vai descrevendo as condições das máquinas: “Esta está operacional; esta está comprometida…” Entre o que se perdeu e o que conseguiu salvar há três anos, conseguiu retomar a actividade organicamente, “investindo e recuperando com o próprio negócio”, mas candidatou-se também a apoios.

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