Décimo quarto suspeito detido na conspiração para raptar governadora democrata do Michigan

O mais recente suspeito da alegada conspiração foi preso esta quinta-feira em Wisconsin. É o oitavo homem acusado pelas autoridades do Michigan no caso. Seis outros homens foram presos sob acusações federais de rapto.

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Os homens são acusados de conspirar durante o Verão para raptar a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer Reuters/Rebecca Cook

A procuradora-geral do estado do Michigan, nos Estados Unidos, apresentou queixa por terrorismo doméstico contra um 14.º homem acusado de participar numa conspiração de extremistas armados para raptar a governadora, Gretchen Whitmer, como retaliação pelas ordens de saúde pública que esta impôs para controlar a propagação do novo coronavírus.

O mais recente suspeito da alegada conspiração, Brian Higgins, de 51 anos, foi preso esta quinta-feira no seu estado natal de Wisconsin, onde enfrenta agora um processo de extradição, disse a procuradora-geral do Michigan, Dana Nessel, num comunicado de imprensa.

Higgins é o oitavo homem acusado pelas autoridades do Michigan no caso, todos eles descritos pelos procuradores como membros ou associados de um grupo de milícias anti-governamentais chamado Wolverine Watchmen.

Seis outros homens foram presos sob acusações federais de rapto resultantes da mesma investigação conjunta do FBI, polícia estatal e outras agências.

São acusados de conspirar durante o Verão para raptar a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, uma democrata que se confrontou fortemente com o Presidente republicano Donald Trump por causa das medidas que ordenou em resposta à pandemia de covid-19.

Os procuradores dizem que os homens também procuraram atingir agentes de autoridade nas suas casas para intimidação, fizeram ameaças de violência para incitar à agitação civil e treinaram para uma operação de invasão ao Capitólio estadual do Michigan, em Lansing, para fazer os governantes reféns.

Um agente do FBI, que testemunhou a audiência de vários arguidos na terça-feira no tribunal federal, descreveu uma reunião em Ohio, onde disse que alguns dos conspiradores acusados também discutiram ideias para matar Whitmer e um possível rapto do governador democrata do estado da Virgínia, Ralph Northam.

O agente disse que os dois governadores foram destacados por causa das medidas de confinamento devido ao novo coronavírus, que os conspiradores acreditavam ter ido longe demais.

Pelo menos três dos acusados encontravam-se entre centenas de manifestantes, muitos carregando armas, que lotaram a capital do Michigan a 30 de Abril, quando os legisladores estaduais debateram o pedido de Whitmer para alargar a sua autoridade sanitária de emergência. 

Higgins, tal como os seus sete co-arguidos acusados no tribunal estatal, foi acusado de fornecer apoio material para actos terroristas, um crime punível com até 20 anos de prisão, disse Nessel. Seis deles declararam-se inocentes na semana passada. O sétimo aguarda a extradição da Carolina do Sul.

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