Giannessi representa o bom momento do ténis italiano

Pedro Sousa, Gonçalo Oliveira e Nuno Borges discutem acesso aos quartos-de-final do Lisboa Belém Open.

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O Lisboa Belém Open prossegue nos courts do CIF LUSA/YOAN VALAT

Alessandro Giannessi é o último representante do ténis italiano na quarta edição do Lisboa Belém Open. O tenista de 30 anos teve a infelicidade de ter defrontar um compatriota na segunda ronda do challenger lisboeta, o veterano Paolo Lorenzi, mas esse é um “risco” que muitos italianos correm dada a quantidade de tenistas transalpinos no assalto ao topo do ranking.

“É uma loucura, temos mais de 20 jogadores no top-250 e há muitos jogadores novos, mas também jogadores mais velhos que ainda competem. Acho que é o melhor momento do ténis italiano”, frisou Giannessi (164.º) após vencer Lorenzi (134.º), de 38 anos, por 7-5, 6-3, num “encontro muito difícil”.

Giannessi e Lorenzi são dois dos 16 italianos classificados no top-180, dos quais sete entre os 100 primeiros. Para o jogador nascido há 30 anos em La Spezia, há uma explicação. “A federação fez um bom trabalho ao organizar muitos torneios challenger, que são importantes para os jogadores mais novos. Ter 20 ou mais challengers num ano é muito bom para nós, permite-nos competir no nosso país, semana após semana, e melhorar o nosso ténis. E também temos muito bons treinadores em Itália e é importante continuar este trabalho”, revelou Giannessi, que já esteve no 84.º posto.

Destaque igualmente para a vitória do espanhol Jaume Munar (112.º do ranking), cabeça de série n.º 1 do torneio, sobre o qualifyer croata Borna Gojo (256.º), por 6-1, 7-6 (7/5). “Fiz um sólido encontro. Ele é um bom jogador com um bom serviço, mas consegui fazer o meu jogo. A responder, tentei colocar a bola dentro e quando consegui estar um pouco mais confortável, tentei pressionar mais”, afirmou o atleta da Academia de Rafael Nadal.

A jornada terminou com as vitórias de duas duplas lusas. Nuno Borges/Francisco Cabral derrotaram Dmitry Popko e Tsung-Hua Yang, por 6-2, 6-1, e Tiago Cação/João Monteiro eliminaram Damir Dzumhur e Pedja Krstin, num encontro em que o mau feitio do ex-número 23 do mundo ficou mais uma vez comprovado. Quando o par português liderava, por 4/2, o match tie-break – que, nesta variante, substitui o terceiro set –, Dzumhur alegou um bloqueio no pé direito e abandonou.

Nesta quinta-feira, será a vez dos portugueses ainda em prova em singulares disputarem a segunda eliminatória: às 11h, Gonçalo Oliveira (285.º) tem encontro marcado com o cazaque Popko (178.º); não antes das 13h30, Nuno Borges defronta o brasileiro Guilherme Clezar (270.º); a seguir, Pedro Sousa (111.º) mede forças com o francês Hugo Grenier (248.º).

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