PSP encerra discoteca ilegal e identifica mais de 400 pessoas

Autoridades tentam travar ajuntamentos ilegais durante a pandemia.

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O Cometlis avisa que estas operações “continuarão a ser uma realidade neste território" Francisco Romao Pereira

O Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), através da Divisão Policial da Amadora, anunciou este sábado que identificou mais de 400 pessoas e encerrou uma discoteca ilegal, no âmbito de uma operação para controlar ajuntamentos face à covid-19.

Numa nota de imprensa, o Cometlis informa que promoveu, ao final do dia de sexta-feira, uma “operação de grande envergadura no Bairro Alto da Cova da Moura e na Quinta da Lage, visando a reposição do sentimento de segurança nas comunidades de ambos os aglomerados populacionais do concelho da Amadora”, no distrito de Lisboa.

Esta operação iniciou-se pelas 19h no Bairro Alto e decorreu até às 22h, tendo resultado na identificação de cerca de 300 pessoas, perto de 80 viaturas ligeiras, fiscalizados e encerrados dois estabelecimentos que se encontravam a funcionar depois das 20h e executados dois mandados de detenção.

Entre as 0h30 e as 3h da madrugada deste sábado, “na sequência de uma recolha de informações que apontava para o exercício ilegal de um estabelecimento de restauração e bebidas, transformado em discoteca, na Quinta da Lage, promoveu-se ao seu encerramento”, refere o Cometlis. Segundo o comunicado, a PSP verificou que o DJ se encontrava a trabalhar no estabelecimento no interior do bairro, num espaço com cerca de 50 metros quadrados e de onde foram retirados, para identificar, 112 cidadãos.

“Destas identificações resultou o cumprimento de um mandado de detenção no âmbito de um processo de violência doméstica agravada, dois cidadãos identificados por posse de estupefaciente e um auto de notícia com a apreensão de facas e estupefacientes encontrados no interior do espaço”, lê-se na nota.

O Cometlis revelou ainda que entre os cidadãos identificados estava uma jovem de 16 anos, que se encontrava desaparecida de uma instituição do Barreiro há cerca de um mês. Oito cidadãos foram também conduzidos à Esquadra de Investigação Criminal por diligências processuais pendentes.

A operação contou com todas as equipas de intervenção rápida da Divisão Policial da Amadora, motociclistas da Esquadra de Trânsito, várias equipas de investigação criminal, inteligência policial e reforço da Unidade Especial de Polícia.

Durante o período em que decorreu a acção policial, foram colocados pontos de controlo em todas as entradas automóveis do Bairro Alto, ao mesmo tempo que se procedia à fiscalização de estabelecimentos no interior deste edificado urbano, informa ainda a PSP.

O Cometlis avisa que estas operações “continuarão a ser uma realidade neste território, visando contribuir para o sentimento de segurança das populações que pedem à PSP a intervenção nestes bairros e visam controlar os ajuntamentos durante a realidade pandémica que se vive no país”.

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