Rui Rio: o regime inteiro resumido num único artigo

Reparem: o presidente do Tribunal de Contas, sexta figura do Estado, personagem fulcral para controlar a bazuca dos fundos europeus, foi escolhido numa amena cavaqueira entre Costa, Marcelo e Rio.

Vamos fingir que somos todos parvos. Vamos fingir que as explicações constitucionais sobre o mandato único para a presidência do Tribunal de Contas fazem algum sentido; vamos fingir que o mandato de Vítor Caldeira não acabou a 30 de Setembro e que António Costa só se lembrou de o substituir a 3 de Outubro; vamos fingir que as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa no domingo (“aquilo que sei é do conhecimento público, não sei mais nada”) têm alguma coisa a ver com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa na quarta-feira (“a escolha foi intencional” e não teve um só “segundo de dúvida” sobre ela); vamos fingir que substituir pessoas que mostraram uma rara independência em nome da protecção da independência tem algum vestígio de lógica.

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