Nasceu uma estrela em Roland Garros, é polaca e tem 19 anos

Iga Swiatek conquista primeiro título do Grand Slam, sem ceder um único set ao longo do torneio.

roland-garros,modalidades,tenis,desporto,
Fotogaleria
Reuters/CHRISTIAN HARTMANN
roland-garros,modalidades,tenis,desporto,
Fotogaleria
LUSA/YOAN VALAT
roland-garros,modalidades,tenis,desporto,
Fotogaleria
LUSA/JULIEN DE ROSA
roland-garros,modalidades,tenis,desporto,
Fotogaleria
LUSA/JULIEN DE ROSA
Fotogaleria
LUSA/JULIEN DE ROSA

Não perdeu um único set, não enfrentou sequer um set-point e cedeu somente 28 jogos ao longo dos sete encontros que disputou em Roland Garros. Foi este o percurso irrepreensível de Iga Swiatek até erguer o seu primeiro troféu do Grand Slam. A polaca de 19 anos é a nona tenista a estrear-se no palmarés dos majors nos últimos três anos, confirmando o enorme equilíbrio que reina no ténis feminino. Mas poucos esperavam estas brilhantes exibições de uma jogadora que chegou a Paris no 54.º lugar do ranking e sem nunca ter conquistado um título no circuito principal.

“Há dois anos, ganhei um Grand Slam em juniores e agora estou aqui; parece muito pouco tempo. Sinto-me esmagada”, afirmou Swiatek, logo após derrotar Sofia Kenin, por 6-4, 6-1. A campeã júnior de Wimbledon de 2018 começou a final da mesma forma como a terminou: em total domínio. Ganhou 12 dos 15 primeiros pontos, até que Kenin conseguiu entrar em jogo e recuperou para 3-3.

Contudo, a norte-americana de 21 anos não conseguiu lidar com a pressão constante de Swiatek e não ganhou mais o seu serviço. A 1-2 do segundo set, Kenin recebeu assistência médica devido a uma lesão na coxa esquerda, mas regressou claramente condicionada na movimentação. Swiatek não teve problemas em retomar o controlo do encontro com o seu ténis ofensivo, de onde sobressai a forte direita, e venceu 20 dos derradeiros 24 pontos.

“Estou muito orgulhosa. Fiz tudo como nas rondas anteriores e foquei-me na técnica e na táctica, joguei uma bola após outra e não me importei se ia ganhar ou perder. Acho que a chave foi manter as minhas expectativas baixas”, explicou Swiatek, a primeira desde Justine Henin em 2007 a triunfar em Paris sem perder um set.

A polaca é igualmente a mais nova campeã de Roland Garros desde Monica Seles em 1992, a primeira teenager a conquistar o Grand Slam francês desde Rafael Nadal em 2005 – ou, no sector feminino, desde Iva Majoli, em 1997 – e a primeira desde Steffi Graf em 1988 a vencer cedendo tão poucos jogos.

E juntou-se às outras campeãs que nos últimos anos conquistaram o seu primeiro Grand Slam: Jelena Ostapenko (Roland Garros, 2017), Sloane Stephens (US Open, 2017), Caroline Wozniacki (Austrália, 2018), Simona Halep (Roland Garros, 2018), Naomi Osaka (US Open, 2018), Ashleigh Barty (Roland Garros, 2019), Bianca Andreescu (US Open, 2019), Sofia Kenin (Austrália, 2020).

Swiatek avança para o 17.º lugar do ranking, enquanto Kenin, que termina a época com 15 vitórias nos 17 encontros que realizou nos três torneios do Grand Slams, sobe ao quarto lugar.

No domingo (14 horas), disputa-se a final masculina, onde Rafael Nadal vai procurar o 13.º título em Roland Garros e 20.º no Grand Slam. Novak Djokovic, campeão aqui em 2012 e 2014, vai tentar derrotar o rival pela 30.ª vez em 56 duelos.

Sugerir correcção