Espanha a cumprir os mínimos e a Alemanha a despertar

Suíça sem argumentos para emendar erro e escalar no íngreme Grupo 4. Ucrânia batida em casa, na primeira vitória da “Mannschaft”.

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Oyarzabal fez o único golo do Espanha-Suíça LUSA/ALEXANDRA WEY

Na liderança, a Espanha surgiu neste sábado no Estádio Alfredo Di Stéfano, em Madrid, apostada em prolongar a agonia de uma Suíça a afundar-se num grupo tremendamente complicado na Liga A da Liga das Nações. E cumpriu o objectivo, ainda que sem ponta de brilhantismo (1-0).

Poupado no jogo particular com Portugal, em Alvalade, o prodigioso Ansu Fati - segundo mais novo de sempre a estrear-se pela “roja” e o mais rápido a marcar pela selecção do país vizinho - repetiu a titularidade da recente goleada (4-0) à Ucrânia para dar corda ao jogo e adiantar o relógio biológico dos espanhóis. 

E Fati não tardou a provocar calafrios na defesa helvética, salva por um erro de avaliação do árbitro, que perdoou um penálti claríssimo de Widmer sobre o jovem nascido em Bissau. Injustiça corrigida pelo excesso de confiança dos suíços, numa tentativa desastrada de sair a jogar na área: Yann Sommer arriscou um passe em zona proibida e Granit Xhaka escorregou, permitindo que a bola chegasse rapidamente a Oyarzabal, que não desperdiçou a oferta (14’). A Suíça tinha falhado, pouco antes, a melhor ocasião, resolvida por De Gea, num jogo absolutamente desinteressante, em que a Espanha cumpriu os mínimos para manter a liderança.

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore

Em ambiente bem distinto, com os adeptos ucranianos nas bancadas do Estádio Olímpico de Kiev a contribuírem para um espectáculo mais intenso, a Alemanha garantiu a primeira vitória no Grupo 4, resolvendo um trauma, depois de dois empates (1-1) em que deixou  escapar por duas vezes uma vantagem conseguida na fase inicial. 

Neste sábado, a “Mannschaft” voltou a adiantar-se (20’) por um defesa (Ginter), apesar da pressão inicial exercida pelos ucranianos. Não obstante esse ímpeto, a equipa de Andriy Shevchenko não conseguiu intimidar os homens de Joachim Löw e foi-se esvaziando pouco a pouco. 

Aliás, só as defesas de Bushchan evitaram a derrocada ainda na primeira parte. Mas no melhor pano cai a nódoa e o guardião da Ucrânia ofereceu o 0-2 a Goretzka (49’). Do outro lado, sem trabalho, Neuer nada pôde fazer no penálti convertido por Malinovskyi (77’). 

Esse golo poderia ter afectado psicologicamente a selecção germânica, face à possibilidade de ver repetir-se a história dos jogos anteriores. Mas a Ucrânia apenas foi capaz de arranhar a superfície de uma carapaça resistente, acabando por perder um jogo na qualidade de anfitrião, após nove vitórias e um empate.

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