Os homens detestáveis

Moi les hommes, je les déteste: foi com este título confessional que Pauline Harmange, uma francesa de 25 anos, se estreou este Verão como escritora. Pela imprensa, esse pequeno livro com pouco menos de cem páginas, que já é um best-seller, foi classificado como um “ensaio misândrico”, um “manifesto misândrico” ou ainda um “panfleto misândrico”. Pouco importa qual destes três géneros corresponde a uma classificação mais adequada da substância do objecto porque é o adjectivo “misândrico” que capta toda a nossa atenção. Que palavra é esta tão rara, de tão escassa ocorrência? “Misoginia”, sim, é uma palavra bem conhecida, sabemos do que se trata e até nem é fácil poupá-la a um uso frequente; mas “misandria” parece uma gratuita inclinação ao grego clássico sem grande utilidade.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção