Covid-19: escola em Lisboa com dois casos positivos não recebeu indicações da autoridade de saúde sobre medidas a tomar

Escola tomou conhecimento da existência de duas pessoas infectadas, uma professora e um aluno da mesma família, na manhã desta quinta-feira.

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Nelson Garrido

A Escola Básica Santo António, em Alvalade, continua na noite desta quinta-feira a aguardar indicação da autoridade de saúde sobre as medidas a tomar após terem sido confirmados, esta quinta-feira de manhã, dois casos de infecção pelo novo coronavírus na comunidade escolar, numa docente e um aluno da mesma família.

O coordenador da escola, Rui Almeida, explica ao PÚBLICO que após a confirmação dos casos, a escola continua sem receber uma resposta das autoridades de saúde. “Imaginamos que o nível de procura dos serviços deve ser imenso, mas precisávamos de ter uma resposta para dar aos pais para saber que medidas é que a delegação de saúde acha que devemos tomar a partir dos factos conhecidos. Até este momento não foi possível, é muito difícil contactá-los”, refere.

A escola conseguiu entrar em contacto durante a manhã com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), mas, após tentarem contactar com uma médica, a chamada terá sido reencaminhada para os serviços administrativos sem sucesso.

Numa resposta enviada ao PÚBLICO por e-mail, a ARSLVT explica que “a Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Norte teve conhecimento esta tarde da existência de dois casos de covid-19 na EB 1 Santo António, em Alvalade”. “Como é habitual nestas situações (e decorrendo até dos planos de contingência que as escolas devem ter), a escola forneceu à USP Lisboa Norte informação sobre as pessoas a contactar para que seja feito o inquérito epidemiológico aos casos positivos e a avaliação de risco dos contactos próximos. Neste contexto, e também como é habitual, a autoridade de saúde local determina as medidas de Saúde Pública adequadas à situação de acordo com as orientações da Direcção-Geral de Saúde, nomeadamente a desinfecção do edifício, testagem, confinamento dos casos positivos e isolamento profiláctico dos contactos de risco”, acrescenta.

Porém, o coordenador da escola garante que, até às 21h desta quinta-feira, não recebeu qualquer indicação das autoridades de saúde sobre as medidas a tomar. Na sexta-feira, a escola irá reabrir e caberá aos pais decidirem se os alunos irão à escola, havendo relatos de alguns encarregados de educação de alunos da turma do estudante infectado que contactaram a linha SNS 24, tendo sido aconselhados a manterem os filhos em isolamento durante pelo menos três dias até serem contactados.

Os casos são de uma professora e de um aluno e envolvem pelo menos duas turmas desta escola que pertence ao agrupamento de escolas Rainha Dona Leonor. Em outra escola do mesmo agrupamento, um caso de um aluno positivo da mesma cadeia de contágio, já obteve resposta por parte das autoridades de saúde. Durante a tarde os encarregados de educação dos alunos da turma da Escola Básica Eugénio dos Santos receberam informação por parte da direcção da escola de que os seus filhos deveriam ficar 14 dias de quarentena e que iriam ser contactados individualmente para a eventual necessidade de as crianças serem testadas. 

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