Roland Garros volta a juntar Tsitsipas e Rublev

Kvitova e Kenin são as favoritas ao título feminino em Paris.

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LUSA/JULIEN DE ROSA

No dia em que a versão 2020 de Roland Garros arrancava, Stefanos Tsitsipas e Andrey Rublev disputavam a final do torneio de Hamburgo. Dois dias depois, no encontro de estreia no Grand Slam francês, ambos cederam os dois primeiros sets, mas, apesar dos seus 22 anos, tiveram maturidade suficiente para ultrapassar o primeiro adversário. Uma semana e três rondas mais tarde, vão voltar a encontrar-se, ao mesmo tem que se estreiam nos quartos-de-final parisienses. Rublev venceu em Hamburgo e também quando se encontraram a abrir o US Open de 2019, mas Tsitsipas tem despendido menos energias.

Frente a experiente Grigor Dimitrov (20.º no ranking), o grego assinou uma exibição consistente, sendo o mais agressivo e igualmente sólido no capítulo defensivo. O búlgaro só conseguiu confirmar as expectativas no segundo set, onde dispôs de dois set-points no tie-break, mas Tsitsipas (6.º) acabaria por impor-se, por 6-3, 7-6 (11/9) e 6-2.

“O tie-break foi muito tenso. Estou contente por ter jogado bem e não ter entrado em pânico. Mantive-me concentrado, calmo e jogar ponto a ponto”, confirmou o tenista grego que venceu Rublev quando se defrontaram nas meias-finais das Next Gen ATP Finals, no final da época de 2018.

Rublev (12.º) voltou a assinar mais uma excelente recuperação, mas necessitou de quase quatro horas para ultrapassar Marton Fucsovics (63.º): 6-7 (4/7), 7-5, 6-4 e 7-6 (7/3). O possante húngaro teve breaks de vantagem no segundo e também no terceiro sets e, no quarto, a 4-5, dispôs de três set-points consecutivos, mas Rublev reagiu e ganhou 11 dos últimos 14 pontos.

“Tive um pouco de sorte, mas sinto-me óptimo com as minhas exibições nas últimas semanas e, em geral, com a minha época”, afirmou Rublev, quatro semanas depois de perder nos quartos do US Open, com o compatriota Daniil Medvedev.

Novak Djokovic não fez uma exibição muito convincente no embate com Karen Khachanov (16.º), cometendo 28 erros não forçados e cedendo dois breaks, mas a maior regularidade do sérvio ficou traduzida nos parciais de 6-4, 6-3 e 6-3. O encontro ficou marcado por uma bolada de Djokovic num juiz-de-linha, quando tentava responder ao serviço do russo, mas, ao contrário do que aconteceu no US Open, sem consequências para o líder do ranking por ser uma situação normal de jogo.

Curiosamente, Djokovic volta a reencontrar Pablo Carreño Busta (18.º) com quem protagonizou esse encontro no US Open. O espanhol repete o quarto-de-final de 2017, depois de vencer o último sobrevivente do qualifying, o alemão Daniel Altmaier (186.º), por 6-2, 7-5 e 6-2.

No torneio feminino, que irá coroar uma campeã inédita em Paris, tem agora duas favoritas, Petra Kvitova, bicampeã em Wimbledon, e Sofia Kenin, vencedora na Austrália. Kvitova (11.ª) está nos quartos de Roland Garros pela primeira vez desde 2012, quando atingiu as meias-finais, depois de eliminar Zhang Shuai (39.ª), por 6-2, 6-4.

A checa, que continua sem ceder um set, vai decidir um lugar nas meias-finais com Laura Siegemund (66.ª). A alemã de 32 anos estreia-se nesta fase de um torneio do Grand Slam, mas este é um resultado aguardado desde 2017, quando triunfou no torneio de Estugarda, após derrotar três adversárias do top 10. Mas uma lesão grave no joelho direito a afastou dos courts durante 10 meses e só agora teve nova oportunidade.

“Era um grande objectivo para mim, estar na segunda semana de um Slam. Estou contente por se tornar realidade agora”, confessou Siegemund, depois de afastar a espanhola, 10 anos mais nova, Paula Badosa (87.ª), por 7-5, 6-2. Badosa, campeã júnior aqui em 2015, tinha deixado pelo caminho Sloane Stephens, finalista em 2018, e Jelena Ostapenko, campeã em 2017.

Kenin (6.ª) fez uma exibição em crescendo para eliminar a última representante do ténis francês nos quadros de singulares, Fiona Ferro (49.ª), por 2-6, 6-2 e 6-1. Nos quartos, a campeã do Open da Austrália vai defrontar a vencedora do duelo entre Ons Jabeur e Danielle Collins, que a chuva adiou para terça-feira.

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