Restrições da pandemia: até quando vão os portugueses aguentar?

Numa altura em que a pandemia provocada pelo covid-19 não dá sinais de regressão, qual é o risco de as manifestações contra as restrições da liberdade eclodirem em Portugal, como noutras cidades europeias? Muito baixo, segundo os especialistas. A confiança nas instituições e o facto de as restrições serem menos draconianas são duas das razões apontadas, a par do recrudescimento do medo e da extrema “adaptabilidade” dos portugueses

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À medida que a "segunda onda" avança, o medo parece voltar a instalar-se na sociedade Daniel Rocha (arquivo)

Desde há sete meses que, em Portugal como em quase todo o mundo desenvolvido, a vida corre por detrás de máscaras, sem beijos nem abraços, em teletrabalho, e com o risco de novo confinamento a fazer-se omnipresente, mergulhando a vida de cada um numa espécie de stand by sem fim à vista, como não têm fim à vista as medidas do estado de contingência que, entre outras restrições, limitam os ajuntamentos a 10 pessoas e proíbem a venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h00, à excepção de nos restaurantes. Apesar disso, não ressoa entre os portugueses a revolta que em cidades como Madrid, Londres, Paris e Berlim, levou milhares de pessoas para a rua empunhando cartazes com a palavra liberdade e aos gritos de “Máscaras tornam-nos escravos” ou “Isto já é tirania”.

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