Capturados mais quatro migrantes que fugiram de quartel em Tavira

De acordo com as autoridades, do grupo de 17 fugitivos apenas falta localizar um migrante. Um dos imigrantes detidos na sexta-feira testou positivo à covid-19.

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A GNR de Castro Marim deteve, este sábado, mais quatro migrantes que na quinta-feira fugiram de um quartel em Tavira. Depois de na sexta-feira terem sido detidos 12 dos 17 emigrantes que fugiram, falta apenas localizar um dos elementos do grupo de 28 pessoas que chegou no dia 16 à ilha Deserta, em Faro.

De acordo com fonte do Comando Territorial da GNR de Faro, em declarações ao PÚBLICO, os quatro migrantes foram “identificados a deambular pela estrada” por uma patrulha da GNR de Castro Marim.

Os militares da GNR procederam então à “recaptura dos quatro fugitivos que serão reencaminhados para o quartel em Tavira” e ficarão à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).  Segundo a mesma fonte, “faltará apenas localizar um dos elementos do grupo” de 28 migrantes indocumentados que desembarcou na ilha Deserta e foi depois colocado, por ordem judicial, à guarda do SEF, a aguardar o afastamento de Portugal por entrada irregular no país.

Migrante detido na sexta-feira testou positivo à covid-19

Dos 17 detidos na sexta-feira, um deles “testou positivo covid-19”, confirmou a fonte da GNR. O caso já era conhecido das autoridades, depois dos testes de despistagem feitos no momento da detenção. Deste modo, as autoridades contaram com o apoio dos Bombeiros para que o processo de recaptura decorresse com segurança.

Pelo contacto que este migrante teve com os restantes elementos do grupo durante a fuga, serão feitos novos testes de despistagem.

MAI pediu abertura de inquérito

O grupo que em 16 de Setembro desembarcou sem documentos na ilha Deserta, em Faro, era composto por 28 migrantes: 24 homens, que foram instalados no quartel em Tavira, três mulheres, uma delas grávida, e um menor.

As três mulheres foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto, enquanto o menor foi entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.

O ministro da Administração Interna pediu na quinta-feira a abertura de um inquérito à fuga dos migrantes, para apurar “as circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos” do SEF e da PSP.

No mesmo dia, Eduardo Cabrita, disse que Portugal está a discutir com Marrocos, já em fase avançada, um programa de imigração legal, que espera concluir em breve.

Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.

O anterior tinha acontecido em Julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro

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