Daniel Mclay venceu ao sprint na chegada a Águeda

Amaro Antunes (W52-FC Porto) manteve a liderança da Volta a Portugal, com Jóni Brandão a cair para quinto lugar após penalização de 20 segundos.

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LUSA/NUNO VEIGA

O britânico Daniel McLay (Arkéa) venceu esta sexta-feira, num sprint autoritário, após acentuada subida, a quinta etapa da Volta a Portugal Edição Especial, tirada com 176,3 quilómetros, entre Oliveira do Hospital e Águeda, corrida sob permanente ameaça de chuva e concluída em 4h14m46s (média de 42km/h), sem consequências para a classificação geral individual, com Amaro Antunes na liderança.

McLay bateu Leangel Linarez (Mortágua) e Riccaro Minali (Provence) na linha de meta, após trabalho imaculado da equipa, a levar o especialista à vitória.

A etapa, como se previa, foi decidida ao sprint, apesar da tentativa de furar os planos levada a cabo por um reduzido grupo de ciclistas, em fuga que atingiu mais de três minutos de vantagem sobre o pelotão.

Uma diferença controlada e anulada a 17 quilómetros da meta, altura em que se sucederam novas investidas igualmente anuladas de pronto.

A quinta etapa arrancou com a dupla queda de Jóni Brandão - vencedor na Torre - de quarto para quinto da classificação geral, por troca com João Benta (Boavista), mas também de forma literal, ao cair do pódio (a cerimónia de ontem não pôde ser realizada por causa das condições climatéricas), ainda que sem consequências físicas que o impedissem de alinhar à partida.

O colégio de comissário penalizou o ciclista da Efapel (bem como o companheiro de equipa António Carvalho) por abastecimento irregular na tirada da véspera, facto que lhe custou 20 segundos, deixando-o, à partida em Oliveira do Hospital, a 1m37s do camisola amarela, o portista Amaro Antunes.

O director desportivo, Rúben Pereira, não tinha muito a alegar, assumindo a irregularidade, cometida de forma consciente, com o abastecimento líquido já dentro dos últimos 10 quilómetros.

“Os atletas vinham há 50 quilómetros sem água. Foi um instinto. Foi a pensar no bem deles, embora tenham sido prejudicados por isso”, admitiu, apesar de considerar que o tempo retirado a Jóni Brandão não terá reflexos na discussão da Volta. 

“Perdemos a Volta na Senhora da Graça”, assumiu o director desportivo da Efapel. 

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