Árvore Portuguesa de 2021 a concurso

Até 14 de Outubro, estão abertas as candidaturas para representar Portugal no concurso Árvore Europeia do Ano 2021. O propósito é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural do país e serão tidos em conta critérios biológicos, estéticos, históricos e de dimensão. Vencedor anunciado até 26 de Novembro.

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PAULO PIMENTA

“Destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural” é, de acordo com a organização, o propósito desta competição. “Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas, esclarece a  UNAC – União da Floresta Mediterrânica, em comunicado. “Procuramos árvores que se tornaram parte de uma comunidade maior”, conclui a entidade responsável pela ronda nacional do concurso, que habilita a árvore portuguesa vencedora a concorrer à votação para Árvore Europeia do Ano.

São diversos os critérios de selecção daquela que será eleita a Árvore Portuguesa 2021. Por um lado, pesam critérios biológicos como a idade da espécie arbórea, a rara ocorrência numa determinada região ou o habitat fora do comum. Mas importa também a vertente estética: beleza da árvore ou do conjunto do arvoredo, incluindo o porte, a cor e a paisagem circundante. E a dimensão – nomeadamente a altura, a grossura do tronco, o tamanho da copa ou uma forma peculiar –, bem como critérios históricos ou tradicionais, incluindo aspectos culturais, como a árvore estar inserida junto a local ou edifício de referência.

O concurso para Árvore Portuguesa 2021 é aberto à participação de qualquer entidade ou particular. O regulamento e o enquadramento do evento estão disponíveis no website da iniciativa.

Entre as árvores candidatas, um júri procede à selecção de dez, que, posteriormente, ficam disponíveis para votação nacional no portal destinado ao concurso de Portugal. A espécie arbórea com mais votos irá representar o país na edição europeia do Concurso European Tree of the Year, organizado pela Environmental Partnership Association (EPA).

A UNAC representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.

Em 2020, a árvore do ano ao nível europeu foi o Guardião da Vila inundada, um pinheiro-silvestre da República Checa com 350 anos que, de acordo com a lenda partilhada na página do concurso, é guardiã da memória da vila perdida de Chudobín. Arrecadou 47.226 votos.

A árvore portuguesa a concurso, o Castanheiro de Vales, ficou em sexto lugar. Com 4,5 metros de largura do tronco, foi considerada como “uma das mais grossas árvores do nosso país, cuja cavidade do tronco guarda muitas histórias do tempo em que o castanheiro era local das brincadeiras de crianças e se tornou memória de gerações de adultos”. A organização estima que o castanheiro tenha “mais de mil anos e tenha sido cultivado pelos romanos nos tempos em que ali exploravam as minas de ouro”.

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