Alto da Torre nada mudou na Volta a Portugal

Amanhã haverá, em tese, uma etapa desenhada para os sprinters, numa chegada que se prevê rápida na cidade de Águeda.

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LUSA/NUNO VEIGA
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Se a lógica imperar, a decisão final da Volta a Portugal deverá ser feita no contra-relógio da última etapa, em Lisboa, no próximo dia 5. Esta é a conclusão que sai da etapa desta quinta-feira, vencida por Jóni Brandão (Efapel), na subida à Torre, na qual o camisola amarela, Amaro Antunes (W52-FC Porto), conservou a vantagem que tinha para os rivais.

Já sem dificuldades montanhosas de primeiro nível, a decisão da prova deverá passar pelo duelo no “crono” entre Amaro Antunes, Frederico Figueiredo (segundo classificado, a 13 segundos) e Gustavo Veloso (terceiro, a 1m13s). O espanhol é, de longe, aquele que mais predicados tem no contra-relógio, pelo que não poderá ser descartado na luta pela Volta.

Para esta quinta-feira estava desenhada uma das etapas-chave desta Volta. Entre a Guarda e a Torre, respectivamente a cidade e o ponto mais alto de Portugal Continental, os ciclistas tiveram pela frente uma etapa curta, com apenas 148 quilómetros, mas com chegada em alto após uma escalada muito dura, com cerca de 20 quilómetros – a única de categoria especial nesta Volta.

Para além da inclinação da estrada e da extensão da subida, os ciclistas tiveram de superar também as condições meteorológicas. O pelotão chegou à Torre com muito nevoeiro, algum frio e, sobretudo, muito vento, numa chegada com condições muito adversas.

Na estrada, o dia começou por ter uma fuga formada muito cedo na etapa. 14 corredores saltaram do pelotão, entre os quais Luís Gomes, já vencedor de uma etapa nesta Volta, e Angel Madrazo, ciclista que todos os dias tem tentado integrar fugas.

A vantagem do grupo rondou sempre os três minutos, mas o trabalho da W52-FC Porto permitiu ao pelotão iniciar a subida final a pouco mais de dois minutos dos fugitivos. O início da subida à Torre trouxe o início do trabalho da Efapel, que endureceu a corrida e reduziu o grupo em prol de Jóni Brandão.

O líder da equipa atacou a 15 quilómetros da meta, “apostando as fichas” num ataque ainda longe da meta, mas teve resposta tranquila por parte da W52-FC Porto, que manteve sempre Jóni à vista e neutralizou rapidamente o ciclista nortenho.

O grupo já reduzido a dez elementos seguiu num ritmo constante, sempre sob controlo de João Rodrigues, campeão da Volta em 2019, e acabou por neutralizar Cristián Rodríguez (Caja Rural), o último resistente da fuga.

Já no último quilómetro, sob nevoeiro cerrado, Jóni Brandão foi o que teve mais energia para sprintar e venceu no mítico alto da Torre, apesar de não ter conseguido reduzir a distância de 1m17 que o separa do camisola amarela.

Nesta sexta-feira haverá, em tese, uma etapa para os sprinters, numa chegada que se prevê rápida na cidade de Águeda.

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