Dia de fuga e juventude na Volta a Portugal

Para esta quinta-feira está marcada uma etapa que deverá ser decisiva na luta pela Volta. Da Guarda até à Serra da Estrela serão apenas 148 quilómetros, mas de grande dureza.

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O pelotão da Volta 2020 LUSA/NUNO VEIGA

Oier Lazkano (Caja Rural) venceu, nesta quarta-feira, a terceira etapa da Volta a Portugal. O jovem espanhol, de apenas 20 anos, fez vingar a fuga e triunfou isolado na chegada a Viseu, depois de cerca de 40 quilómetros a rolar sozinho na frente da corrida.

Este foi o primeiro triunfo de Lazkano como ciclista profissional, num dia que não provocou, como se esperava, mudanças significativas na classificação geral.

Amaro Antunes, da W52-FC Porto, continua vestido de amarelo, na véspera de uma etapa fulcral, com a subida à Torre.

Tranquilidade só na teoria

Esta terceira etapa da Volta estava desenhada para ser um dia relativamente tranquilo. Apesar das duas subidas existentes no percurso, a dureza da etapa não seria suficiente para valer luta pela classificação geral. E, em tese, o pelotão rolaria tranquilamente para um final ao sprint.

Mas a prática foi bem diferente. Viu-se uma etapa “louca” na estrada, com várias fugas formadas em diferentes fases do dia. Primeiro, Ángel Madrazo (Burgos), Luís Gomes (Kelly-Simoldes) e Emanuel Duarte (LA Alumínios) escaparam e andaram fugidos alguns quilómetros.

Já apanhados pelo pelotão, Madrazo e Gomes voltaram à carga, desta vez com companhia de Ion Irisarri (Caja Rural), Bruno SIlva (LA Alumínios) e Joaquim Silva (Miranda-Mortágua). Mais tarde, Sérgio Paulinho (Efapel) e David Rodrigues (Boavista) juntaram-se a um quinteto que chegou a rodar com cerca de um minuto de vantagem.

Na subida para Lamego, as muitas movimentações no pelotão apressaram a anulação da fuga, mas ainda havia outra subida, a de Bigorne, pelo que a luta pela classificação da montanha seduziu mais um grupo de aventureiros.

Madrazo voltou a estar presente, com outros seis corredores, mas Oier Lazkano (Caja Rural) foi o destaque deste grupo. Seguiu sozinho e, mais atrás, com todos estes ataques, o pelotão já estava curto e, sobretudo, algo “despido” de sprinters.

A perseguição foi feita de forma desorganizada e Oier Lazkano, apesar de ter tido o triunfo em risco nos últimos quilómetros, chegou, aos 20 anos, à primeira vitória como ciclista profissional.

Para esta quinta-feira está marcado um dia que deverá ser decisivo na luta pela Volta. Os ciclistas vão enfrentar a mítica subida à Torre. Da Guarda até à Serra da Estrela serão apenas 148 quilómetros, mas com a dureza já conhecida: haverá subida nas Penhas Douradas, antes da escalada de 20 quilómetros até ao alto da Torre.

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