O canto dos pássaros alegrou o confinamento de David Attenborough

A família real britânica divulgou fotos do príncipe William com a família e o naturalista nos jardins do Palácio de Kensington.

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Reuters/HANNAH MCKAY
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LUSA/KENSINGTON PALACE HANDOUT
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O naturalista britânico David Attenborough afirma que passou a maior parte do seu confinamento a saborear os prazeres da natureza ouvindo o canto dos pássaros no seu jardim. Uma das principais caras e vozes dos programas de história natural na televisão, Attenborough tem-se tornado, nos últimos anos, cada vez mais activo relativamente aos riscos trazidos pelas alterações climáticas. Já este mês, a BBC transmitiu um documentário com o cunho do naturalista chamado Extinção: Os Factos, que ilustra as consequências devastadoras da actividade humana no habitat natural de certas espécies e estabelece uma ligação entre estes actos e a pandemia da covid-19.

Attenborough revela, em entrevista à BBC, que o confinamento imposto pela pandemia foi relativamente fácil para si e considera que há muitas pessoas que estão a viver uma situação muito pior” do que ele. “Eu sou sortudo. Tenho um jardim, tenho uma casa... Eu e a minha filha estamos a sobreviver muito bem”, compara.

“Eu tenho passado muito mais tempo no meu jardim a ouvir os pássaros do que fiz ao longo dos últimos tempos. De repente, muita gente percebeu a profunda felicidade que advém do partilhar o resto do mundo, o mundo natural”. Por isso, em antecipação ao lançamento do seu livro e documentário A Life On Our Planet, que estreia a 4 de Outubro na Netflix e que percorre toda a carreia do naturalista, este apelou para que se cuide do meio ambiente. Esses apelos já chegaram ao Instagram, onde, desde a semana passada, Attenborough tem conta, ainda que gerida pelos produtores do filme. Mas isso não impediu que já mais de 4,5 milhões de pessoas o sigam por lá.

Na entrevista à estação para a qual trabalha desde a decada de 1960, o apresentador de 94 anos elogiou a China por ter dado passos na direcção correcta. Elogios esses que não se estenderam aos Estados Unidos. “A actual administração norte-americana, do ponto de vista de um conservacionista é desastrosa. Mas é assim que estamos: aquela pessoa foi eleita e temos de passar por isto”, afirmou relativamente à liderança de Donald Trump.

William e a família com Attenborough

Mas nem só com os pássaros tem estado o naturalista. A família real britânica publicou fotografias do príncipe William, a mulher Kate e os três filhos do casal com Attenborough nos jardins do Palácio de Kensington, em Londres, quando o especialista se juntou à família do segundo na linha de sucessão ao trono para uma sessão de cinema. O filme Life On Our Planet mostra a sua visão enquanto “testemunha” da destruição do meio ambiente e dá ideias acerca de como a humanidade pode tentar reverter o problema.

O príncipe William, que segue as pisadas do pai, o príncipe Carlos, no que toca às causas ambientais, já entrevistou Attenborough. Por seu lado, há um ano, a rainha premiou-o pelo trabalho de consciencialização junto do público acerca dos perigos da poluição dos oceanos.

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