Bottas emula primeira vitória da carreira em Sochi

Finlandês beneficiou da penalização aplicada ao companheiro da Mercedes Lewis Hamilton para vencer o segundo Grande Prémio da temporada. Inglês forçado a adiar 91.ª vitória, recorde de Michael Schumacher.

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Hamilton e Bottas num arranque emocionante, que o inglês controlou Reuters/YURI KOCHETKOV

Valtteri Bottas repetiu este domingo, em Sochi, no Grande Prémio da Rússia, 10.º da temporada, a vitória de 2017, tal como o finlandês “previra” depois de garantir o terceiro lugar na grelha de partida, precisamente a mesma posição em que partiu para a primeira vitória da carreira, já com a Mercedes.

Com Max Verstappen (Red Bull) e Hamilton em segundo e terceiro no GP da Rússia, Bottas encurtou a distância para a liderança, afastando-se do holandês, passando a somar 161 pontos (volta mais rápida), contra os 205 de Hamilton, com Verstappen a fechar o pódio do Mundial de pilotos, com 128. Depois do GP da Áustria, Bottas venceu pela segunda vez em 2020, detendo agora nove vitórias na carreira, superou o número de vitórias e Fangio na equipa alemã.

Desta feita, o companheiro de Lewis Hamilton não conseguiu saltar para o comando logo no arranque (em 2017 passou de imediato os Ferrari de Vettel e Räikkonën), com o líder do campeonato a defender-se e a manter a liderança de uma corrida que, em condições normais, teria correspondido à 91.ª vitória de Hamilton no Mundial de Fórmula 1, que assim igualaria Michael Schumacher no topo dos pilotos com mais vitórias em Grandes Prémios.

Porém, ao violar a zona designada para ensaiar arranques, Hamilton foi investigado e penalizado com um duplo castigo de cinco segundos, que cumpriu na primeira paragem nas boxes... caindo para 11.º da geral, a 36 segundos de Bottas, que assim assumia a liderança até ao final.

Hamilton até tinha tido um início favorável - depois da mudança forçada de estratégia na qualificação, que o levou a partir com pneus macios -, beneficiando da entrada em cena do safety car logo na primeira volta.

Uma situação provocada pelos aparatosos despistes de Carlos Sainz (McLaren) e Lance Stroll (Racing Point), aproveitada por Kevin Magnussen (Haas) para escalar nove posições.

Notificado da penalização, que incluiu ainda a retirada de dois pontos na super-licença posteriormente retirada, Hamilton tentou abrir a maior diferença possível para Bottas e Verstappen antes da troca de pneus.

A partir daí, Hamilton iniciou uma corrida de trás para a frente, chegando sem grandes problemas ao terceiro lugar, mas já sem grande margem de manobra para tentar atacar a posição de Max Verstappen e assim minimizar os prejuízos.

Em destaque, para além do 8.º lugar do russo Daniil Kvyat (Alpha Tauri) em “casa”, estiveram Kimi Räikkönen (Alfa Romeo), que igualou o brasileiro Ruben Barrichello no topo da lista de pilotos com mais Grandes Prémios disputados (323), e ainda Sebastian Vettel (Ferrari), que cumpriu a 250.ª corrida da carreira, apesar de tanto o finlandês (14.º) como o alemão (13.º) terem terminado fora dos pontos. 

   

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