Nélson Oliveira “esperava mais” no contra-relógio dos Mundiais

Ciclista português terminou no 11.º lugar e já esperava uma vitória do italiano Filippo Ganna, que teve em Imola um traçado à sua medida.

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Nélson Oliveira esperava mais no contra-relógio Reuters/STEPHANE MAHE

O ciclista português Nélson Oliveira assumiu que “esperava mais” no contra-relógio individual dos Mundiais de estrada de Imola, que esta sexta-feira concluiu em 11.º lugar, a um segundo do “top-10”.

“Esperava mais. Mas, num percurso que em nada me favorecia, fiquei a um segundo do ‘top-10'”, declarou o ciclista, logo após registar o 11.º melhor tempo no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.

No “crono” de 31,7 quilómetros, ganho pelo italiano Filippo Ganna com 35m54s, Oliveira acabou por falhar a quinta presença entre os 10 melhores no campeonato do mundo, feito alcançado em 2014, 2017, 2018 e 2019.

Num contra-relógio mais curto, conseguiu, na segunda metade, melhor tempo do que o campeão, e um dos cinco melhores registos. No final, falhou os 10 melhores por menos de um segundo, com 37m09s, mais lento do que o holandês Tom Dumoulin, campeão do mundo em 2017.

“É normal que o desgaste” decorrente da participação na Volta a França “influencie, ainda que num percurso menos longo não se chegue a notar”, admitiu.

A vitória de Ganna "não surpreendeu”, diz. “Foi desenhado para ele ganhar”, atirou.

Já o seleccionador português, José Poeira, admitiu que Nélson Oliveira “não começou com o ritmo” que se habituou a registar nos primeiros quilómetros, o que impediu um resultado melhor, mesmo que na fase final tenha andado “muito bem”, disse, em declarações à Federação Portuguesa de Ciclismo.

Ivo Oliveira, campeão nacional da especialidade e 34.º na estreia em Mundiais de elite, teve uma participação que “não foi perfeita, mas bem conseguida”.

Os Mundiais de Imola decorrem até domingo, com a prova de fundo feminina no sábado e a masculina, com Rui Costa, campeão em 2013, Rúben Guerreiro, Nélson Oliveira e Ivo Oliveira em acção por Portugal.

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