Neste Domingo, há uma rua em Lisboa que será só das crianças

O projecto consiste em fechar a rua da Penha de França ao trânsito, “durante um horário predefinido para que as crianças possam ser crianças”.

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PAULO PIMENTA

“Imagina que uma rua do teu bairro é fechada para que tu e os teus amigos possam brincar. Um dia em que nesta rua não passam carros, não há ruído nem poluição!” Este desafio está a ser concretizado na rua da Penha de França, junto ao mercado de Sapadores, em Lisboa. Assim foi nos últimos dois domingos e assim voltará a ser no próximo, das 11 às 13h e das 14 às 18h.

A playstreet é uma iniciativa do consórcio Brincapé. Constituído pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), a 1, 2, 3 Macaquinho do Xinês e o Brincar de Rua, nasceu do programa da autarquia BIP/ZIP (Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária de Lisboa). O colectivo trabalha para assegurar mais espaços na zona histórica da cidade em que as crianças possam brincar ao ar livre e “tem esperança que mais entidades sigam o exemplo da Junta de Freguesia da Penha de França e se juntem à caminhada.”

Segundo a APSI, o projecto “é um conceito usual em países como o Reino Unido, Canadá e Alemanha, e que consiste em fechar uma rua, em espaço urbano, ao trânsito, durante um horário predefinido para que as crianças possam ser crianças”. Insere-se na iniciativa “A Rua é Sua”, da Câmara Municipal de Lisboa, bem como na Semana Europeia da Mobilidade e no dia Europeu Sem Carros.

Já houve uma edição no ano passado e a deste ano tem decorrido nos domingos deste mês. Haverá outras oportunidades, na Ajuda no dia 11 de Outubro, e em Alcântara, com data a definir. Segundo a organização, foram aplicadas “medidas para a redução do risco de covid-19”. 

Segundo dados da associação, as playstreet contaram até agora com cerca de 1000 participantes. Definem-na como uma forma de “descobrir brincadeiras novas, andar livremente de bicicleta, triciclo ou patins, jogar à bola com quem se quiser juntar e, sobretudo, deixar a semente para que o espírito de vizinhança cresça”.

Texto editado por Ana Fernandes

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