Frederico Silva quis e quer mais

Português superou a segunda ronda de qualificação em Roland Garros e está muito perto do quadro principal.

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Frederico Silva colocou-se numa situação inédita na carreira: está a uma vitória do quadro principal de um torneio do Grand Slam. Depois de ter vencido apenas um encontro nas fases de qualificação em Wimbledon, em 2016, e no Open da Austrália, no início deste ano, o tenista das Caldas Rainha somou a segunda vitória consecutiva em Roland Garros e é, na sexta-feira, o favorito na ronda de acesso ao quadro final.

Diante do brasileiro João Menezes (189.º ATP), Frederico Silva voltou a vencer em dois sets, mas ambos decididos apenas no tie-break, quando o maior querer do tenista luso se fez sentir, ao chegar rapidamente a vantagens de 5/2, no primeiro jogo decisivo, e 5/0, no segundo.

“Foi um encontro duro, fisicamente intenso, com trocas de bola duras. Sabia que ele era sólido dos dois lados e foi isso que aconteceu, um jogo bastante físico e mental”, resumiu Silva (195.º), depois de se impor com os parciais de 7-6 (7/4), 7-6 (7/2). “No primeiro set, estivemos ambos a servir bem, a terminar com a direita e praticamente não houve break-points. No segundo, estávamos mais adaptados ao jogo de cada um e o serviço deixou de fazer tanta mossa. Ele serviu a 5-4 e a 6-5, mas consegui o break e levar a discussão para o tie-break”, explicou.

Para atingir o quadro principal de Roland Garros — onde, em 2013, conquistou o título júnior de pares, ao lado de Kyle Edmund —, Silva terá de ultrapassar, já na sexta-feira, o checo Tomas Machak, de 19 anos e 252.º no ranking, que na segunda ronda conseguiu eliminar o japonês, de 36 anos, Go Soeda (121.º). 

E por falar em veteranos, ficaram pelo caminho o espanhol Tommy Robredo, de 38 anos e cinco vezes quarto-finalista em Roland Garros, e o “rei dos ases”, Ivo Karlovic (141.º), de 41 anos.

Na terceira e última ronda do qualifying está igualmente o norte-americano Jack Sock — que já foi muito feliz em Paris, quando, em 2017, conquistou o Masters 1000 que habitualmente se realiza em Outubro, e ascendeu ao oitavo lugar do ranking, mas está agora fora do top 300 — e o argentino Leonardo Mayer (123.º), parceiro de pares de João Sousa, com quem atingiu as meias-finais do Open australiano de 2019 e quartos-de-finais no US Open de 2015 e 2019.

Destaque, ainda, para dois filhos de antigos campeões que se mantêm invencíveis na fase de qualificação: Eddie Gomez (155.º), filho de Andres Gomez, campeão em Roland Garros em 1990, com 30 anos; e Sebastien Korda (211.º), de 20 anos e filho do campeão do Open da Austrália de 1998, Petr Korda.

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