Falemos então da deputada Hortense

Não há leis que resistam a uma cultura da desvergonha promovida e apoiada em simultâneo pela classe política e pela classe judicial.

O caso da deputada Hortense Martins não é bem um caso – é mais um sketch humorístico. A série de reportagens que José António Cerejo tem escrito sobre o microcosmos político de Castelo Branco parece um cruzamento de Fellini com Coppola, tão surreal é o compadrio, tão descaradas as estratégias de assalto aos dinheiros públicos e tão estapafúrdias são as desculpas dos envolvidos. Aquilo é comédia e tragédia unidas pelo nacional-porreirismo, porque o que cerze tudo isto é a eterna complacência das instituições para com a mais óbvia trafulhice, seja da comissão de ética da Assembleia da República, seja do próprio Ministério Público.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção